*Luis Freitag

Hipertensão arterial, diabetes mellitus,principalmente o tipo 2, doenças ósseas e de- pressão ,entre tantas outras, já não são mais vistas como doenças que só pioram com a idade avançada. Essas patologias também se desenvolvem em indivíduos mais jovens e necessitam de tratamento contínuo. A eficácia é maior quanto mais cedo se iniciar a descoberta da doença e tratamento.
Não se pode mais aceitar condições que possam piorar a qualidade de vida dos idosos quando apresentam estas enfermidades . No entanto , recentemente foram publicados vários estudos na Revista Médica Lancet, da maior credibilidade,mostrando que idosos podem estar vivendo mais, porém apresentam piora da qualidade de vida.
Em 180 países, incluindo o Brasil, foram analisados vários itens como aparecimento de doenças em geral ,internações hospitalares e mortalidade em idosos entre 1990 e 2010. A hipertensão arterial foi a patologia com maior risco para a saúde por motivo de inúmeras complicações associadas `a falta de prevenção. Nesses anos estudados, foi verificado que deu-se maior relevância ao tratamento da AIDS, malária e tuberculose ignorando-se parcialmente a prevalência das doenças já citadas, que podem levar à incapacidade ou até à morte.
Outras doenças consideradas de alto risco para a saúde nessa pesquisa de 2010: alcoolismo,tabagismo, pouca ingestão de frutas, obesidade, diabetes, baixo peso em crianças,poluição ambiental e sedentarismo, como já mostramos em outros textos.
Um dos temas mais estudados atualmente diz respeito à obesidade, sendo só ela responsável por 3 milhões de mortes em todo o mundo em 2010, mais do que a desnutrição.
O que se observa no Brasil, principalmente em certas cidades interioranas do Rio Grande do Sul é a existência de grande número de idosos até com mais de 90 anos gozando de boa saúde, o que tem sido objeto de estudos na Pontifícia Universidade Católica. Mesmo assim, as mulheres nessa faixa etária sobrevivem mais anos do que os homens. Ocorre que as mulheres, em geral, em todos os estudos realizados mostram que elas tem maior cuidado com alimentação,exercícios físicos e vida social. O encontro diário com amigas e parentes da mesma faixa etária, mas também com a juventude, mantém a sua melhor qualidade de vida.
A Organização das Nações Unidas (ONU) está preparando para este ano de 2013, ainda no primeiro semestre,um grande conclave mundial, para estudo do impacto das doenças crônicas,visando combater diabetes, câncer e doenças cardíacas,principalmente. Espera-se que as resoluções deste conclave imponham diretrizes para serem seguidas imediatamente em todo o mundo. E assim poderemos aumentar a longevidade mundial com melhor qualidade de vida.
*Dr. Luiz Freitag
Sócio fundador da Seção São Paulo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Membro titular da Academia de Medicina de São Paulo.
Sócio fundador da Seção São Paulo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Membro titular da Academia de Medicina de São Paulo.
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