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Dr. Luis Freitag Médico Geriatra |
Em todo o mundo está aumentando o que se denominou uma “sociedade em envelhecimento”, com a sobrevivência progressiva de pessoas que, até pouco tempo, meados de 1960, sobreviviam, no máximo, 65 anos e agora em 2013 estão ultrapassando os 90 a 100 anos, com boa qualidade de vida. Atualmente, no Brasil, a média de vida está em 74 anos. Em 1950 um indivíduo de 50 anos era considerado idoso, velho!
Já estão muito bem comprovados por inúmeros estudos mundialmente, que os exercícios físicos aumentam a resistência bem como a força muscular que se encontram diminuídas na chamada terceira idade.
Também sabe-se que exercícios bem orientados e feitos com regularidade reduzem a pressão arterial elevada, aumentam o bom colesterol, reduzem o risco de morte por doenças cardíacas, bem como ajudam a diminuir excesso de peso, contribuem para retardar o aparecimento da tão temida osteoporose (desgaste dos ossos), diminuem o risco de desenvolvimento do câncer do colo intestinal, melhoram o humor e auto estima, contribuindo, enfim, para a melhora da qualidade de vida dos idosos doentes ou sadios.
Como já divulgamos em outros temas recentes o que tem se discutido atualmente é a qualidade de vida dos hoje considerados idosos. Sabe-se que 85% de pessoas na terceira idade apresentam uma ou mais doenças e menos de 10% deste grupo etário apresentam doença senil bem como a tão difundida Doença de Alzheimer.
Não se estabeleceu uma idade máxima para que o indivíduo não possa mais fazer atividades físicas. Para qualquer início, em qualquer idade, o médico solicitará um teste ergométrico, inicialmente, para avaliação das condições cardiológicas. O importante é a regularidade semanal, duas ou três vezes por semana, sempre com acompanhamento de orientador na academia .
O condicionamento físico, isto é, o preparo progressivo e adaptado para os idosos, deve começar com alguns cuidados dirigidos a melhorar os órgãos mais afetados bem como para o corpo em geral. Sempre evitar movimentos bruscos em todas as posições. Não realizar movimentos que provoquem posições de cabeça para baixo. Quanto à coluna não exagerar em rotações da nuca e, principalmente, da coluna lombar. Exercícios com pesos devem ser leves, prevenindo-se lesões nos ossos e músculos como nas mãos, punhos ,joelhos, tornozelos e pés. Usar sapatos adequados e não escorregadios. Proteger joelhos com joelheiras (caso necessário). Importante: nunca praticar qualquer exercício se tiver dor.
Todos estes movimentos deverão ser precedidos por um esquentamento muscular inicial, orientado pelo treinador. Durante os exercícios ouça o seu corpo: se não se sentir bem, pare os movimentos, fale com o treinador e consulte o seu médico.
Pratique com regularidade e em pouco tempo os benefícios aparecerão, pois os movimentos com o corpo são um verdadeiro medicamento para a saúde.
*Dr. Luiz Freitag
Sócio fundador da Seção São Paulo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Membro titular da Academia de Medicina de São Paulo.
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