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domingo, 28 de abril de 2013

DIETA MEDITERRÂNEA

Dr. Luis Freitag
Médico Geriatra
      Desde 1950, estudos científicos vem sendo realizados, principalmente americanos, para tentar elucidar por que os povos do Mediterrâneo, principalmente os gregos, apresentam menor incidência de doenças cardíacas.
 
     De acordo com as mais recentes pesquisas da Universidade de Harvard, o  tipo de alimento da cozinha mediterrânea  pode reduzir, se consumido diariamente, até 25% do câncer do cólon, 15% do câncer de mama e 10% do câncer de próstata, entre outros benefícios para o organismo. Outras pesquisas  confirmam que há 13% de menor probabilidade de sofrer de  doença de Parkinson e Alzheimer. E qual é essa dieta saudável?  Principalmente é uma composição de salada com vegetais de todos os tipos ,temperada só com azeite de oliva extra-virgem e pouco sal. Pode ser complementada tambem com queijo feta (queijo de cabra ou ovelha),  com pouco teor de gordura, característico da Grécia.

   Há textos do II milênio antes de Cristo, onde é citado o uso de vinho tinto às refeições,bem com o  hábito de comer uvas secas ou naturais. Dentre os muitos alimentos utilizados na dieta, mencionamos os mais clássicos como: alho, azeite de oliva extravirgem, azeitonas pretas ou verdes, berinjela, ervas-finas, mel, alguns tipos de pão, peixes variados  como atum, salmão e truta, que contem ômega-3, ácido graxo essencial para uma boa saúde, queijos brancos, tomate  e, naturalmente, o vinho tinto . Observar que não é incluída a carne vermelha. Há muitas receitas da culinária mediterrânea que podem facilmente serem transpostas para o Brasil.

   Gorduras ricas em ácidos graxos saturados ,encontrados principalmente em carnes, são as que mais prejudicam a saúde. Por esse motivo indicamos sempre alimentos poli-insaturados, isto é, muito sem gorduras, para consumo diário,como o azeite de oliva. A explicação é que gorduras saturadas aumentam os níveis de colesterol no sangue fazendo com  que o fígado demore mais  a trabalhar, provocando oxidação. Aos poucos estas gorduras irão provocando lesões nos vasos sanguíneos e consequente aterosclerose.

   A ingestão de alimentos com gorduras mono-insaturadas é necessária  pois fará aumentar os níveis do bom colesterol  (HDL)  e diminuir os do mau  colesterol (LDL). O azeite de oliva  e o óleo de abacate são considerados monoinsaturados.

   Para que tenhamos uma sobrevida mais longa e saudável  recomendamos:  não fumar, caminhadas  diárias, de meia hora ou de acordo com orientação do seu médico, tomar até 5 copos de água por dia, manter o peso, alimentar-se com as comidas mediterrâneas, tomar 1 copo de vinho ou suco de uva natural, ate´ 5x por semana, leituras para  ativar mais os neurônios , manter  vida social, familiar e sexual ativa.

   A combinação de todos os ingredientes da alimentação mediterrânea   foi proposta para figurar na lista de patrimônios culturais imateriais da Humanidade protegidos pela UNESCO  (Organização das Nações Unidas).
 
Luiz Freitag
 
Autor do livro:
 
“Como transformar a terceira idade na melhor idade”
 



Para ter uma vida saudável na terceira idade, sexo é fundamental. Apesar da diminuição da freqüência das relações, normal com o passar dos anos, envelhecer não significa a perda das habilidades e do prazer.O assunto é um dos itens do livro Como transformar a terceira idade na melhor idade, do geriatra Luiz Freitag, um dos fundadores da seção São Paulo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. "Você não vai ter sexo com a mesma intensidade que tinha aos 30 anos", explica.Para o especialista, aceitar a perda na quantidade é o primeiro passo para uma atividade saudável. Nessa etapa, valores como intimidade, companheirismo e carinho desempenham papel importante para acompanhar as alterações do corpo. E o melhor de tudo, garante Freitag, é que o sexo faz bem e não tem contra-indicações.A obra também traz informações sobre outros temas relacionados ao idoso, com informações sobre alimentação, remédios e exercícios físicos adequados para o envelhecimento com qualidade. Segundo o geriatra, o ideal é se preparar a partir dos 35 anos, reforçando os cuidados com a saúde para prevenir doenças. "O idoso tem que ser abordado com os problemas que tem nessa fase, e não ser considerado como uma criança envelhecida", determina Freitag.

"Como transformar a terceira idade na melhor idade"
Editora Alaúde, 176 páginas
Autor: Luiz Freitag

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