![]() |
Ir.'. Luiz Freitag Médico Geriatra |
O aumento benigno da próstata chama-se hiperplasia benigna da próstata (HPB). Este aumento benigno já pode aparecer em mais de 50% nos homens a partir dos 50 anos e 80% nos homens com 80 anos ou mais.
Até agora o tratamento consistia em uso de medicamentos receitados por urologista ou alguma cirurgia.
Em dezembro de 2013 o Conselho Federal de Medicina (CFM), emitiu o Parecer 29/13, como um novo procedimento que se denominou embolização das artérias da próstata. Este procedimento,no entanto, envolve um alto risco para a saúde dos pacientes. Só poderá ser feito por médicos que fizerem um curso especializado e aprovados em radiologia chamada intervencionista. Nunca deverá ser decidido como primeira escolha para tratamento da HPB. Também não é indicado em casos de câncer da próstata. Uma decisão definitiva para aprovação deste procedimento só poderá ser feita após 5 anos de acompanhamento dos pacientes que forem tratados.
Em explicação bem resumida, pode-se afirmar que um médico urologista intervencionista especializado para esta cirurgia, introduz um cateter na artéria femural para chegar até a próstata. São injetadas microesferas que impedirão a injeção de sangue, diminuindo desta maneira o tamanho da próstata que é a finalidade deste procedimento.
Por enquanto, esta técnica está sendo testada em Hospitais-escola para melhor avaliação. É um tratamento caro e inacessível pelo SUS. Atualmente está sendo utilizada no Hospital das Clínicas de São Paulo para pacientes que apresentarem obstrução leve, como quando eles tiverem jato fraco da urina, ardência e urgência para urinar.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) à qual devem ser filiados todos os médicos urologistas brasileiros emitiu também um Parecer sobre o tema. Seguem alguns dados deste Parecer.
Já desde 2000 foi publicado um estudo somente com 2 pacientes e posteriormente mais 11 pacientes com resultados mínimos satisfatórios. Em 2013 um estudo de Portugal com 238 pacientes foi exposto, mas ainda sem obter melhora total da hiperplasia.
Nos Estados Unidos está prosseguindo uma grande pesquisa que só terminará em 2019.
Com esses dados a Sociedade Brasileira de Urologia(SBU) só está recomendando a utilização desta técnica em casos experimentais, assim como já fizeram as Sociedades de Urologia da Austrália e Nova Zelândia.
No mês de fevereiro de 2014 haverá uma reunião conjunta da Sociedade Brasileira de Urologia e o Conselho Federal de Medicina para uma decisão quanto à sua utilização em mais pacientes que não sejam motivo de estudos em Hospitais-escola especializados.
A conclusão da SBU é a de que é necessário aguardar mais alguns anos e mais estudos para se comprovar a eficácia e segurança deste novo tratamento para a próstata para todos os pacientes com Hiperplasia Benigna.
Luiz Freitag
Nenhum comentário:
Postar um comentário