Poucos Maçons sabem o que é “Sincretismo Maçônico”. Vamos esclarecer, na medida do possível.
A definição de sincretismo, tirada do Dicionário Etimológico – Antonio Geraldo da Cunha, é: “a mistura de doutrinas ou concepções diferentes. Reunião de idéias ou teses de origens disparatadas”. Ampliando o conceito, temos que, em Filosofia, “é a reunião, num só sistema, de doutrinas heterogêneas”.
Etimologicamente vem do Francês (syncrétisme) que veio do Latim (Syncrétismus) tendo como origem, do Grego (sygkéstismós).
O “Sincretismo Maçônico” é, portanto, “a mistura de práticas e costumes diferentes, de diversos Ritos, agregados num único Rito”. Esse Rito, assim incrementado, perde suas características originais e fica deturpado. Existem diversos motivos para que isso ocorra: vaidade, invencionice, achismo, etc.
No Brasil, por existirem diversos Ritos reconhecidos pelo GOB (06) e por ser o Rito Escocês Antigo e Aceito o mais praticado, ele sofre influência e adaptações dos demais com bastante assiduidade.
É o caso, por exemplo, das palavras ou orações ditas no Átrio, antes do início da Sessão. Ou então, o fato do Mestre de Cerimônias andar em esquadria no Ocidente. São práticas ritualísticas praticadas em outros Ritos e estão sendo cada vez mais comum no R.E.A.A. Existem muitas outras, além dessas.
No Brasil os Rituais são escritos. A cada edição, novas deturpações podem ser acrescidas ao mesmo. O Ritual, que refere-se a um cerimonial, ou a um conjunto de regras que devem ser seguidas, modifica-se, desse modo, com o passar do tempo.
Nos países onde o Ritual é transmitido oralmente, ou seja, ele é decorado, o Sincretismo Maçônico é mínimo, embora existam cópias escritas do mesmo. É o caso da Inglaterra, Austrália e Nova Zelandia. Nesses países, as falas dos Oficiais em Loja são totalmente decoradas. Inclusive, nas Instalações, as falas do Grão Mestre e dos Oficiais da Comissão Instaladora, também são decoradas, como foi visto em recente visita em Lojas da Nova Zelandia, pelo grupo que lá esteve.
Com o Sincretismo Maçônico o Rito, seja ele qual for, empobrece, apesar de ter sido incrementado, pois perde sua originalidade.
M.'.I.'.
Alfério Di Giaimo Neto
Concordo com o grande pensador e escritor maçom, irmão Alfério. A cada dia as características originais dos ritos se perdem ou se fundem. Acrescento que isto se dá não somente entre ritos, mas também com uma espécie de permeação dogmática em detrimento de pesquisa e estudos filosóficos da Arte Real. Temos que nos manter atentos a isto.
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