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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sancionada lei que fortalece guarda compartilhada de filhos

Já está valendo a guarda compartilhada como regra quando não houver acordo entre os pais depois do divórcio. A Lei 13.058/2014 foi sancionada — sem vetos — pela presidente Dilma Rousseff e publicada na edição desta terça-feira (23) do Diário Oficial da União.
O texto, aprovado pelo Senado no final de novembro, muda a redação do Código Civil, que em geral resultava na determinação de guarda compartilhada apenas nos casos em que há boas relações entre os pais após o fim da união. Agora, esse tipo de decisão se estende a casos de separações conflituosas.
A ideia é garantir uma divisão equilibrada do tempo de convivência com cada um dos pais, possibilitando a supervisão compartilhada dos interesses do filho. Ambos poderão participar, por exemplo, do ato que autoriza a viagem dos filhos para o exterior ou para a mudança permanente de município.
Em caso de necessidade de medida cautelar que envolva guarda dos filhos, o texto dá preferência à audiência das partes perante o juiz. E é rigoroso com estabelecimentos, como escolas, que se negarem a dar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos. Serão multados nesses casos.
A lei estabelece duas situações em que a guarda compartilhada não será adotada: em caso de o juiz avaliar que um dos pais não esteja apto para cuidar do filho ou quando um deles manifeste desejo de não obter a guarda.

Votação

A Lei 13.058/2014 é oriunda de projeto apresentado pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que tramitou por três anos na Câmara até ser aprovado e enviado ao Senado em dezembro de 2013. Nesta Casa, a proposta passou pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH); de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS).
Durante a votação no Plenário, o presidente da Casa, Renan Calheiros, disse que a ideia da nova norma é evitar que crianças e adolescentes "tornem-se meios de luta no conflito entre os pais".
Agência Senado (Reprodução autorizada) 


Saiba um pouco mais sobre a nova lei (assista o vídeo):

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Boa Música - Bons Pensamentos: Gary Brown no Brasil



O saxofonista norte-americano Gary Brown está mais uma vez no Brasil fazendo apresentações no palco do Bourbon Street. 

O músico deverá mesclar, no repertório, clássicos como “Do You Know What it Mean to Miss New Orleans”, de Louis Armstrong, com algumas homenagens à música brasileira, interpretando canções como “Samurai”, de Djavan, e “Palco”, de Gilberto Gil. A primeira temporada de Gary Brown e sua banda no Brasil ocorreu em 1995. Em 2014, ele já fez alguns shows em São Paulo para comemorar os 21 anos do Bourbon Street.

domingo, 30 de novembro de 2014

Joseph Paul Oswald Wirth e seu pensamento sobre o Trabalho Maçônico na Concepção Inglesa


Este post expõe o singular pensamento de um autor maçom. Para que possamos analisar e refletir sobre um texto produzido por ele, é importante conhecer um pouco da história desse escritor.

Joseph Paul Oswald Wirth nasceu a 5 de agosto de 1860, segundo algumas fontes, ou 1865 segundo outras, às 9 horas da manhã, em Brienz, um pequeno burgo suíço de apenas 2.500 habitantes situado às margens do lago de mesmo nome. Eram três irmãos. Dois morreram ainda jovens. Elisa, no entanto, nascida anos depois de Oswald, foi sua companheira mais constante da juventude à morte.

Wirth sempre foi modesto e frequentemente dizia tudo dever a Stanislas de Guaita, místico pertencente à nobreza, muito famoso, que ele conheceu em 1887 e de quem foi secretário. Sobre isso escreveu que: “Estabelecer relações com Stanislas de Guaita foi, para mim, um acontecimento capital. Ele fez de mim seu amigo, seu secretário e seu colaborador. Sua biblioteca ficou ao meu dispor e, beneficiando-me de sua conversação, tive nele um professor de Qabbala e de alta metafísica, tanto quanto de francês. Guaita deu-se ao trabalho de formar-me o estilo, de desbastar-me literariamente. Devo a ele o fato de escrever legivelmente”. Eis aí a dedicatória aposta por Wirth em Le tarot des imagiers du moyen âge, uma de suas obras mais conhecidas.

Mesmo que pudéssemos facilmente nos convencer do fato de Guaita haver ensinado a Oswald Wirth a arte de escrever bem, é inegável que o discípulo igualou, — se não ultrapassou mesmo, — o mestre, ao menos no domínio do simbolismo, sobretudo nessa obra Le tarot des imagiers du moyen-âge, onde retoma o estudo dos arcanos maiores que ele havia desenhado para Guaita. Contudo, de modo geral, Wirth sempre se mostrou bem mais interessado pela Franco-Maçonaria do que pela Rosa-Cruz, ao contrário de seu mestre.

Espírito poderoso, Wirth é considerado um dos mais completos teóricos do simbolismo que já existiram. Com Stanislas de Guaita, analisou o magnetismo em “L’Impositiom des Mains” (A imposição das mãos), o Tarô em “Le Tarot des Imagiers du Moyen Age” (O tarô no imaginário medieval), a astrologia, o hermetismo, o ocultismo sob as suas diversas formas em outras obras, assim como na longa série de seus estudos publicados na revista “Le Symbolisme” (O Simbolismo) e estudou, com o mesmo espírito, o esoterismo da “Serpente Verde” de Goethe e do mito babilônico de “Ishtar”.

É sua obra maçônica, no entanto, a que merece maior admiração e atenção. 

Iniciado em 1892, ele reagiu corajosamente, desde a sua juventude, contra o abandono lamentável do simbolismo. Sua oficina foi a Loja “Trabalho e Verdadeiros Amigos Fiéis” e, de acordo com suas próprias palavras, foi esta também a “sua Loja de eleição” no seio da Grande Loja de França.

Sua primeira obra, “Le Livre de L’Apprenti” é uma autêntica obra prima na parte dedicada à história da maçonaria, bem como surpreendente na abordagem simbólica. Este livro, porém, provocou escândalo e atraiu-lhe a hostilidade rancorosa do Grande Colégio dos Ritos do Grande Oriente de França que alertou as Lojas contra ele por meio de circular confidencial. Mesmo assim, Wirth persistiu e não deixou de publicar o “Livre du Compagnon” e o “Livre du Maître”, depois o “L’Idéal Initiatic” e o admirável “Mystères de L’Art Royal”.

Ao lado de admiradores sem reservas, Wirth encontrou críticos que o condenaram porque ele teria “usado o caráter equívoco dos símbolos para dissimular um pensamento mais profundo sobre o qual não se explica”. Não é de admirar que talvez tenha sido essa a razão pela qual a obra de Wirth não penetrou nas maçonarias anglo-saxônicas, onde o seu nome é pouco conhecido.

Finalmente, não é contestável que ele interprete a mitologia da maneira mais subjetiva, sem levar em conta os dados da arqueologia científica. Mas, em matéria de simbolismo, não se pode exigir objetividade, pois os símbolos são mesmo máquinas de imaginar, atuando como inspiração e sugestão. Sejam quais forem as críticas, para muitos, Oswald Wirth é não somente um grande iniciado, mas também um grande escritor, cuja linguagem clara e clássica lembra a de seu contemporâneo Anatole France.

Seu “Franc-Maçonnerie Rendue Intelligible à ses Adeptes” (A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível a seus Adeptos) (I. Livro do Aprendiz. II. Livro do Companheiro. III. Livro do Mestre) foi reeditado em 1962-63 por “Le Symbolisme” com um excelente prefácio de Marius Lepage.

Oswald Wirth morreu a 9 de março de 1943, às 11 horas, e foi sepultado em Monterre-sur-Blourde, ao sul de Poitie. Deixou uma última carta que, foi escrita com toda a honestidade e sinceridade da qual pode ser capaz um adepto da Arte Real.


Fonte: Alec Mellor. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco Maçons. SP, Martins Fontes, 1989, p. 350. 

Agora vamos ao texto onde Wirth expõe sua maneira pessoal de ver os trabalhos dos ingleses no início da maçonaria especulativa, vejamos.

O TRABALHO MAÇÔNICO NA CONCEPÇÃO INGLESA

Os Maçons ingleses jamais experimentaram a necessidade de imprimir aos seus trabalhos um caráter particularmente filosófico. Sublevando discussões no seio das Lojas, eles teriam receado infringir este espírito de fraternidade que a Franco-Maçonaria tem por missão essencial propagar e manter. Eles acreditaram sempre que era preciso contentar-se, em Loja, com praticar o ritual e nada mais. Também, no decorrer de suas reuniões, limitavam-se a proceder escrupulosamente, segundo todas as fórmulas, às recepções previstas. Como está aí, todavia, uma ocupação monótona, freqüentemente fastigiosa e sempre muito árida, compensavam-se a cada vez com um festim que consideravam honestamente merecido, tanto que era realizado com cerimônias ritualísticas, a disciplina mais perfeita sendo observada: cada um mantinha-se direito, solene e digno, sem permitir-se trocar a menor palavra com seu vizinho. Mas, quando os obreiros são chamados a passar do trabalho à recreação, e quando, fechados no templo, os trabalhos são retomados sob uma outra forma, ao redor da mesa de banquete, então, todo constrangimento desaparece, a mais franca cortesia se estabelece entre os convivas e é com o copo na mão que a fraternidade se manifesta verdadeiramente expansiva.

Foi porque as Lojas parisienses não conheceram primeiro outro modo de trabalho, que elas se reuniam invariavelmente em restaurantes. Houve quem procurasse explorar a situação, fazendo-se receber Maçom e
mesmo adquirindo o direito de manter Lojas. Ora, o Venerável Mestre que vendia comida e bebida tinha um interesse natural em preocupar-se, sobretudo, com seus interesses comerciais. Sob sua direção, os trabalhos maçônicos arriscavam-se muito a perder o caráter de dignidade que lhes convém.

Isso levou, por conseguinte, a graves abusos. Certas Lojas deram lugar, com efeito, a críticas infelizmente muito justificadas. Admitia-se não importa que candidato, contanto que ele estivesse em condições de subvencionar os custos da iniciação; depois, os “trabalhos de mastigação” tornaram-se abertamente a coisa essencial, a instrução maçônica concentrando-se com predileção sobre esse vocabulário grotesco e de modo algum iniciático, do qual se persiste às vezes em fazer uso nos ágapes ou banquetes da ordem.

Extraído da Obra: A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos de Oswald Wirth

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Campanha de ajuda à Santa Casa de São Paulo


IRMÃO MARCOS JOSÉ ABORDA ATITUDES SIMPLES PARA DIMINUIR ACIDENTES DE TRÂNSITO


Em entrevista concedida à Imprensa de Brasília, e que será publicada em sua íntegra na "Revista Digital", a ser lançada nos próximos dias e que será também impressa, o Soberano Grão-Mestre Marcos José da Silva, aborda "A tomada de consciência coletiva com respeito à vida do outro que é importante nessa questão", detalhando atitudes simples que poderiam diminuir os acidentes de trânsito.  Convidando-o para ler a revista e nos seus detalhes, a entrevista, destacamos alguns parágrafos de sua abordagem.
"...É preciso consciência sobre as consequências dos acidentes e repensar a questão do trânsito e suas implicações para a qualidade e bem estar do cidadão, e na maioria dos casos tal tomada de consciência só é realmente vivida por principalmente àqueles que são atingidos diretamente com a fatalidade gerada por uma colisão muitas vezes fatal..."
"...Em 2011, houve 28.349 casos de morte indenizados por acidentes de trânsito, ou seja, uma média diária de 77 mortes por dia. Já em seis dias de carnaval, considerando também a sexta-feira anterior, quando o tráfego aumenta devido às viagens, a média de ocorrências indenizadas saltou para 116 óbitos por dia. O levantamento é da Seguradora Líder DPVAT, administradora do seguro DPVAT..."
Para o Irmão Marcos José a consciência com o bem estar e a segurança no trânsito deve ser uma reflexão coletiva. "O mais importante em toda essa questão é priorizar a vida do outro também, ter respeito pelo ser humano e a partir da vivência desse pensamento consequentemente as atitudes mudam", finaliza citando as causas mais comuns de acidentes de trânsito:
Erro humano, em todo o mundo, é responsável por mais de 90 % dos acidentes registrados. Principais imprudências determinantes de acidentes fatais no Brasil: por ordem de incidência:
Velocidade excessiva;
Dirigir sob efeito de álcool;
Distancia insuficiente em relação ao veiculo dianteiro;
Desrespeito à sinalização;
Dirigir sob efeito de drogas.
Fatores determinantes das imprudências:
Impunidade / legislação deficiente;
Fiscalização corrupta e sem caráter educativo;
Baixo nível cultural e social;
Baixa valorização da vida;
Ausência de espírito comunitário e exacerbação do caráter individualista;
Uso do veículo como demonstração de poder e virilidade.

Pense sobre elas e evite que faça parte de alguma história com você ou mesmo com as pessoas que você quer bem.