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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sem Necessidade de Medidas Heróicas

Editorial "O GLOBO"
de 30/09/2014
Postado por Marco Antonio Duarte de Azevedo

A proposta de uma reforma política frequenta com enorme assiduidade discursos de políticos, programas de partidos e candidatos. Mas, na prática, pouco ou nada se avança. Não chega a ser algo de todo mau. Pois as regras do jogo político e eleitoral necessitam de alguma estabilidade, não podem ser alteradas a torto e a direito, sob influência de maiorias eventuais no Congresso.

Porém, está evidente que há distorções no quadro partidário, assim como na forma como se exercita a política eleitoral. E elas podem ser eliminadas, sem a necessidade de qualquer revolução heroica.

Os gráficos abaixo são esclarecedores. Fica claro que do enorme crescimento no número de legendas, a maioria delas com representação no Congresso, não resulta um maior poder de atração sobre o eleitorado. Quer dizer, o sistema partidário falha na sua principal função: ser a voz do eleitor na República. Era previsível que, encerrada a ditadura militar, em 1985, e com a volta das liberdades civis, sacramentadas na Constituição de 88, partidos fossem criados — ou recriados. Afinal, a camisa de força da legislação ditatorial tornara o MDB, Arena e depois o PDS conglomerados de tendências, à direita e à esquerda.


Mas o que se viu, reabertas as comportas da democracia, foi uma enorme pulverização de legendas. De 1988 ao ano passado, o número de partidos aumentou em pouco mais de 350%, de 7 para 32. Destes, 22 com deputados na Câmara.

Levantamentos do Datafolha, porém, feitos nos meses de setembro nos anos de eleições, de 2002 a 2014, confirmam a maior preferência dos eleitores por três legendas: PT, PMDB e PSDB, como sabido. O ruim é que a esmagadora maioria — 66% este ano e, no melhor cenário, 56% em 2010 — não opta por qualquer partido.

Não há, portanto, relação entre liberalidade excessiva na legislação que rege a vida dos partidos e grau de representatividade das legendas, fator essencial na democracia representativa.

O problema não chega a ser o número em si de legendas, mas o fato de que, por falta de uma cláusula de barreira ou de desempenho, há muitos partidos nanicos com acesso ao fundo partidário e ao horário no programa político dito gratuito. O resultado é que fundar partido virou negócio rentável — no sentido pecuniário mesmo do termo. Minuto de TV virou moeda de troca. Às vezes, literalmente.

Instituir esta cláusula, como se vê, é crucial para aumentar a escassa legitimidade do quadro partidário. E ainda facilitará as alianças para a governabilidade. Continuará a ser possível fundar legendas, mas só aquelas que atraiam percentuais mínimos de eleitores terão prerrogativas plenas (fundo partidário, TV etc.). Como em democracias consolidadas. Um segundo aperfeiçoamento é o fim da coligação em eleições proporcionais, para que sobras de votos não elejam candidatos de legendas coligadas, desconhecidos do eleitor.

Não são necessárias, portanto, alterações profundas para se dar um elástico salto de qualidade na vida pública. Inclusive, ministros do Supremo, onde em 2006 um projeto de cláusula de barreira foi derrubado, consideram necessário voltar ao assunto. Tema para a legislatura e o presidente que assumem em 2015. Sem que seja preciso apelar para a proposta golpista da “Constituinte exclusiva”.

OS PONTOS-CHAVE

1 - Explodiu o número de legendas, mas o problema é nanicos terem prerrogativas incabíveis, como horário na TV etc.

2 - Não é preciso fazer ampla mudança na legislação político-eleitoral, bastam alguns ajustes tópicos

3 - Deve-se voltar com a proposta de uma cláusula de barreira, contra a pulverização excessiva de legendas

4 - Outra mudança é acabar-se com as coligações nas eleições proporcionais, que são um estelionato

5 - Menos partidos no Congresso facilita e torna mais transparentes as alianças para a governabilidade

Este é o quarto editorial de uma série sobre problemas que terão de ser enfrentados pelo próximo presidente da República.

AMANHÃ: Crise na saúde pública

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ratos no Porão

Apareceram no porão de minha casa treze ratos malditos. Foi descoberto, na verdade, que já estavam lá há 12 longos anos. As estruturas da casa estavam completamente corroídas, e havia enorme quantidade de estoque de alimentos reunidos ali. Pareciam musaranhos, esses raros gulosos. Agora entendia por que gastava cada vez mais nas compras do mês e tinha menos comida disponível para a família.
Chamei os dedetizadores. Não aguentava mais esses ratos em minha casa. Eram especialis...tas, e me ofereceram duas soluções. A primeira era mais cara, custava 45 reais. A segunda, um pouco mais barata, saía por 40 reais. Quais eram as diferenças principais?, perguntei.

A de 45 reais era mais técnica, contava com os melhores dedetizadores disponíveis, gente preparada e com ampla experiência prática. Havia, porém, um problema: os ratos estavam mais acostumados com eles e já tinham desenvolvido formas de derrotá-los, de sobreviver aos seus pesticidas.
Com a solução de 40 reais, eu teria uma turma menos experiente, que oferecia soluções mais românticas, algumas práticas que pareciam com a dos próprios ratos para poder vencê-los em seu território. Era uma “nova forma” de se fazer o trabalho, diziam. Quase fui fisgado pelas emoções.
Mas eis o que acabei decidindo: compraria primeiro a solução de 45 reais mesmo, confiando que é preciso ir com o melhor produto disponível no mercado para acabar com os ratos e colocar a casa novamente livre das pragas, com pilares mais sólidos.
Se esse remédio não surtisse efeito e os ratos continuassem por lá, haveria ainda uma segunda chance para gastar mais 40 reais e apelar para a outra alternativa. No dia 5 de outubro, os dedetizadores ficaram de ir lá em casa para a primeira tentativa. Aguardo no local, com alguma esperança. Não suporto mais conviver com aqueles ratos!
Se nenhum dos dois produtos funcionar, receio que minha casa não fique de pé por mais quatro anos, prazo prometido para que um revolucionário método novo esteja disponível no mercado. Vi o que aconteceu com dois vizinhos meus, um venezuelano e outro argentino. Os ratos tomaram conta de tudo e a casa veio abaixo. Deus me livre de tal destino trágico!
Rodrigo Constantino

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Walt Disney, Extraordinário Cartunista (1901-1966) - "Um DeMolay" (e Mickey também...)


Walt Disney - um ícone para gerações, um homem com uma visão, um sucesso que construiu um império com seus desenhos - foi primeiro um DeMolay. 

Disney nasceu em Chicago e foi criado em Marceline, Missouri. Passou a maior parte de sua infância em uma fazenda, muitas vezes desenhando ilustrações dos animais. Mais tarde, a família se mudou para Kansas City, onde Disney fazia uma série de biscates para ajudar a sustentar a família. Aos 15 anos, abandonou a escola. 

No outono de 1917, a Primeira Guerra Mundial estava em pleno vigor. Disney queria entrar para as tropas de guerra, mas não conseguiu devido a pouca idade na época (16 anos). Determinado a ajudar, a Disney viajou para a França e tornou-se um motorista de ambulância da Cruz Vermelha. A ambulância que guiava não era decorada com efeitos de camuflagem, mas sim com seus próprios desenhos originais. 

Semana Cultural Maçônica



terça-feira, 16 de setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Depressão e Estilo de Vida

“A maior solidão é a do ser que não ama...”
Vinicius de Moraes (l913-1980) carioca, diplomata, poeta, compositor.

Solidão permanente sempre está associada com depressão. Há mais de vinte anos a depressão, no Brasil, começou a se destacar como o maior índice  de morte em idosos com mais de sessenta anos. Até nossos dias ainda não se chegou a uma conclusão sobre as variadas causas da doença. Teorias mais aceitas são as que relacionam desequilíbrio químico entre os neuro transmissores do cérebro como a oxitocina, quando em  níveis muito baixos, fica  associada aos casos de suicídios. Também a dopamina quando em níveis baixos, por exemplo, provoca a imobilidade e tremor dos pacientes com mal de Parkinson, pois este neurotransmissor regula o controle motor. Outro neuro transmissor a serotonina, regula o humor, memória e aprendizado.

O pior tipo de depressão é o associado com várias comorbidades como diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), além do mal de Parkinson e Doença de Alzheimer. Fatores que independem de outras doenças, como a insatisfação com a vida que está levando, a perda de um ente querido, a mágoa por não ter conseguido fazer tudo o que queria e a falta do desejo sexual, principalmente para o homem, também contribuem para o aparecimento da depressão.

Recentemente (agosto de 2014) todo o mundo surpreendeu-se com o suicídio do grande ator de cinema Robin Williams com 63 anos, muito conhecido por atuações em filmes onde a comédia é preponderante. 

Também sofria de Parkinson, foi alcoólatra e dependente de drogas. Ninguém poderia supor que um ator capaz de provocar o riso pudesse suicidar-se. Faz lembrar aquele anedota antiga de um paciente que foi consultar um psiquiatra recém chegado à sua cidade. O médico anotou suas queixas e recomendou que ele fosse se divertir um pouco mais com um palhaço do circo. O paciente respondeu: pois é, doutor, o palhaço desse circo sou eu mesmo.

Dados recentes divulgados em São Paulo informam que no período dos últimos dezesseis anos houve crescimento de até 705% de óbitos por suicídio em pacientes com depressão nos idosos de mais de sessenta anos e até com mais de oitenta anos, principalmente em mulheres, em 2012.

A escolha de um estilo de vida mais saudável, que contemple alimentação equilibrada, atividades  físicas, relacionamento com amigos e parentes, leituras de livros, não ter raiva nem guardar ressentimentos, são formas práticas a se adotar diariamente e possíveis de serem realizadas.

Os anos futuros serão sempre melhores quando se aceitam os infortúnios inesperados.

Quando sozinho não conseguir superá-los, vá consultar um psiquiatra.
         
Luiz Freitag 
(agosto 2014) 

domingo, 7 de setembro de 2014

Substituição do Pavilhão Nacional

Sábado, dia 06/09/2014 às 09:00h, houve a substituição do Pavilhão Nacional do Parque da Independência no Museu do Ipiranga, iniciativa e apoio do Grande Oriente de São Paulo, através do Eminente Grão Mestre, Ir.: Mario Sergio Nunes da Costa, representado no ato pelo Irmão Vanderlei Farias - Secretário de Políticas Públicas do GOSP, com a presença do Irmão Secretário de Gabinete Adj. Ir.: Alexandre Da Mata, Ir.: Diwan - Assessor do Grão Mestre e do Deputado Federal, Irmão Protógenes Queiroz e das Paramaçônicas, Ordem DeMolay, Filhas de Jó, APJ, Arco Íris, Bodes do Asfalto.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

07 de Setembro

O Secretário Geral de Educação e Cultura do GOB, Eminente irmão João Guimarães, faz uma análise e traz ao conhecimento detalhes não percebidos da importância da Maçonaria na Independência do Brasil.

Assista ao vídeo