Uma visão direta sem rodeios, nem dúvidas
Por V.·. H.·. J.M.Barredo Mandziuk — Loja Sol de Aragua nº 96 — Venezuela
Tradução: Ir.·. João Fábio Giória
João Fábio Giória |
Este é um dos eixos imprescindíveis da ética maçônica para atingir uma vida boa; apesar de ser normalmente mencionada pelos maçons, na maioria dos casos, ao realizar uma pequena indagação, descobrimos que o seu significado é ignorado ou confundido com outras interpretações, como por exemplo, resiliência, força, valentia, etc.
Na realidade a Temperança é uma virtude que consiste em moderar os apetites e o uso excessivo dos sentidos, sujeitando-os à razão.
Na realidade a Temperança é uma virtude que consiste em moderar os apetites e o uso excessivo dos sentidos, sujeitando-os à razão.
Por consequência é a mãe da moderação, da sobriedade e da continência. A instituição recomenda a Temperança no que se refere à comida, bebida e os demais prazeres da existência, dos quais não se proíbe aproveitar, mas sempre guiados pelo princípio da moderação, assim como do bom gosto, sem ficarmos nos extremos que são sempre perniciosos e conhecidos por nós como vícios.
O Maçom não deve ser um homem nem ascético e nem libertino. Mas sim um cavalheiro em toda Plenitude Ética que este conceito indica. Sem a Temperança o instinto natural de afirmação individual do ser humano se desenvolve sem conhecer limites e acaba com tudo o que se encontra pelo caminho.
A Temperança é a guia deste fluxo de energia que representa a afirmação individual. Do contrário, a obsessão pelo prazer sempre se ocupará do individuo e lhe roubará a serenidade necessária para obter a Paz.
Quando o Maçom perde a Temperança de seu caráter e de suas ações, ele dissipa seus esforços e sua energia entregando-se a desejos prejudiciais e inúteis, que por causa disso o transformam num homem covarde incapaz de enfrentar os compromissos que a Maçonaria lhe impõe à Família, aos seus irmãos e a humanidade.
Quando o Maçom perde a Temperança de seu caráter e de suas ações, ele dissipa seus esforços e sua energia entregando-se a desejos prejudiciais e inúteis, que por causa disso o transformam num homem covarde incapaz de enfrentar os compromissos que a Maçonaria lhe impõe à Família, aos seus irmãos e a humanidade.
Em contrapartida, cultivar a Temperança tem o benefício adicional do cuidado tando da saúde social (incluindo a família), como da saúde física do Maçom. Dois tipos de saúde que sempre se vêem afetados pelos excessos que ocorrem, se não manejarmos de maneira consciente e controlada os próprios prazeres da vida diária.
Quantas vezes não vemos indigentes abandonados nas ruas que prejudicaram suas relações familiares e sociais por terem chagado aos extremos de uma vida que até então seria aceitável, transformando a própria vida num vício destrutivo até chegar ao isolamento e reprovação familiar, social e em alguns casos, pessoal.
Quantas vezes não vemos indigentes abandonados nas ruas que prejudicaram suas relações familiares e sociais por terem chagado aos extremos de uma vida que até então seria aceitável, transformando a própria vida num vício destrutivo até chegar ao isolamento e reprovação familiar, social e em alguns casos, pessoal.
Quantas vezes na história da humanidade um governante que desconhecendo toda a noção de Temperança e com desmedidos desejos pessoais levou povos inteiros à sua desgraça e às vezes até a sua destruição, enquanto que os governantes que praticam a Temperança em suas vidas privadas são uma promessa segura de um futuro melhor para o seu povo.
Não é necessário pensar, como comumentemente ocorre, que para ser um bom Maçom temos que ser algo Sobre-humano no que diz respeito à Temperança (moderação, sobriedade e a continência), pensamentos que se elevam aos céus da perfeição dificultam cumprir com o dever fundamental desta virtude.
Não pensemos tão pouco, como ocorre muitas vezes, que como seres humanos imperfeitos possamos nos aproveitar desta imperfeição para viver por debaixo de nossa possibilidades éticas e dar “rédia solta” a nossos desejos de forma descontrolada.
Entendamos que é importantíssimo saber o que somos hoje, mas não descuidemos do que possamos ser amanhã se começarmos a melhorar o hoje.
A Temperança não é somente um opção para o Maçom, a Temperança é seu dever.