Páginas

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Sancionada lei que fortalece guarda compartilhada de filhos

Já está valendo a guarda compartilhada como regra quando não houver acordo entre os pais depois do divórcio. A Lei 13.058/2014 foi sancionada — sem vetos — pela presidente Dilma Rousseff e publicada na edição desta terça-feira (23) do Diário Oficial da União.
O texto, aprovado pelo Senado no final de novembro, muda a redação do Código Civil, que em geral resultava na determinação de guarda compartilhada apenas nos casos em que há boas relações entre os pais após o fim da união. Agora, esse tipo de decisão se estende a casos de separações conflituosas.
A ideia é garantir uma divisão equilibrada do tempo de convivência com cada um dos pais, possibilitando a supervisão compartilhada dos interesses do filho. Ambos poderão participar, por exemplo, do ato que autoriza a viagem dos filhos para o exterior ou para a mudança permanente de município.
Em caso de necessidade de medida cautelar que envolva guarda dos filhos, o texto dá preferência à audiência das partes perante o juiz. E é rigoroso com estabelecimentos, como escolas, que se negarem a dar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos. Serão multados nesses casos.
A lei estabelece duas situações em que a guarda compartilhada não será adotada: em caso de o juiz avaliar que um dos pais não esteja apto para cuidar do filho ou quando um deles manifeste desejo de não obter a guarda.

Votação

A Lei 13.058/2014 é oriunda de projeto apresentado pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que tramitou por três anos na Câmara até ser aprovado e enviado ao Senado em dezembro de 2013. Nesta Casa, a proposta passou pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH); de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS).
Durante a votação no Plenário, o presidente da Casa, Renan Calheiros, disse que a ideia da nova norma é evitar que crianças e adolescentes "tornem-se meios de luta no conflito entre os pais".
Agência Senado (Reprodução autorizada) 


Saiba um pouco mais sobre a nova lei (assista o vídeo):

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Boa Música - Bons Pensamentos: Gary Brown no Brasil



O saxofonista norte-americano Gary Brown está mais uma vez no Brasil fazendo apresentações no palco do Bourbon Street. 

O músico deverá mesclar, no repertório, clássicos como “Do You Know What it Mean to Miss New Orleans”, de Louis Armstrong, com algumas homenagens à música brasileira, interpretando canções como “Samurai”, de Djavan, e “Palco”, de Gilberto Gil. A primeira temporada de Gary Brown e sua banda no Brasil ocorreu em 1995. Em 2014, ele já fez alguns shows em São Paulo para comemorar os 21 anos do Bourbon Street.

domingo, 30 de novembro de 2014

Joseph Paul Oswald Wirth e seu pensamento sobre o Trabalho Maçônico na Concepção Inglesa


Este post expõe o singular pensamento de um autor maçom. Para que possamos analisar e refletir sobre um texto produzido por ele, é importante conhecer um pouco da história desse escritor.

Joseph Paul Oswald Wirth nasceu a 5 de agosto de 1860, segundo algumas fontes, ou 1865 segundo outras, às 9 horas da manhã, em Brienz, um pequeno burgo suíço de apenas 2.500 habitantes situado às margens do lago de mesmo nome. Eram três irmãos. Dois morreram ainda jovens. Elisa, no entanto, nascida anos depois de Oswald, foi sua companheira mais constante da juventude à morte.

Wirth sempre foi modesto e frequentemente dizia tudo dever a Stanislas de Guaita, místico pertencente à nobreza, muito famoso, que ele conheceu em 1887 e de quem foi secretário. Sobre isso escreveu que: “Estabelecer relações com Stanislas de Guaita foi, para mim, um acontecimento capital. Ele fez de mim seu amigo, seu secretário e seu colaborador. Sua biblioteca ficou ao meu dispor e, beneficiando-me de sua conversação, tive nele um professor de Qabbala e de alta metafísica, tanto quanto de francês. Guaita deu-se ao trabalho de formar-me o estilo, de desbastar-me literariamente. Devo a ele o fato de escrever legivelmente”. Eis aí a dedicatória aposta por Wirth em Le tarot des imagiers du moyen âge, uma de suas obras mais conhecidas.

Mesmo que pudéssemos facilmente nos convencer do fato de Guaita haver ensinado a Oswald Wirth a arte de escrever bem, é inegável que o discípulo igualou, — se não ultrapassou mesmo, — o mestre, ao menos no domínio do simbolismo, sobretudo nessa obra Le tarot des imagiers du moyen-âge, onde retoma o estudo dos arcanos maiores que ele havia desenhado para Guaita. Contudo, de modo geral, Wirth sempre se mostrou bem mais interessado pela Franco-Maçonaria do que pela Rosa-Cruz, ao contrário de seu mestre.

Espírito poderoso, Wirth é considerado um dos mais completos teóricos do simbolismo que já existiram. Com Stanislas de Guaita, analisou o magnetismo em “L’Impositiom des Mains” (A imposição das mãos), o Tarô em “Le Tarot des Imagiers du Moyen Age” (O tarô no imaginário medieval), a astrologia, o hermetismo, o ocultismo sob as suas diversas formas em outras obras, assim como na longa série de seus estudos publicados na revista “Le Symbolisme” (O Simbolismo) e estudou, com o mesmo espírito, o esoterismo da “Serpente Verde” de Goethe e do mito babilônico de “Ishtar”.

É sua obra maçônica, no entanto, a que merece maior admiração e atenção. 

Iniciado em 1892, ele reagiu corajosamente, desde a sua juventude, contra o abandono lamentável do simbolismo. Sua oficina foi a Loja “Trabalho e Verdadeiros Amigos Fiéis” e, de acordo com suas próprias palavras, foi esta também a “sua Loja de eleição” no seio da Grande Loja de França.

Sua primeira obra, “Le Livre de L’Apprenti” é uma autêntica obra prima na parte dedicada à história da maçonaria, bem como surpreendente na abordagem simbólica. Este livro, porém, provocou escândalo e atraiu-lhe a hostilidade rancorosa do Grande Colégio dos Ritos do Grande Oriente de França que alertou as Lojas contra ele por meio de circular confidencial. Mesmo assim, Wirth persistiu e não deixou de publicar o “Livre du Compagnon” e o “Livre du Maître”, depois o “L’Idéal Initiatic” e o admirável “Mystères de L’Art Royal”.

Ao lado de admiradores sem reservas, Wirth encontrou críticos que o condenaram porque ele teria “usado o caráter equívoco dos símbolos para dissimular um pensamento mais profundo sobre o qual não se explica”. Não é de admirar que talvez tenha sido essa a razão pela qual a obra de Wirth não penetrou nas maçonarias anglo-saxônicas, onde o seu nome é pouco conhecido.

Finalmente, não é contestável que ele interprete a mitologia da maneira mais subjetiva, sem levar em conta os dados da arqueologia científica. Mas, em matéria de simbolismo, não se pode exigir objetividade, pois os símbolos são mesmo máquinas de imaginar, atuando como inspiração e sugestão. Sejam quais forem as críticas, para muitos, Oswald Wirth é não somente um grande iniciado, mas também um grande escritor, cuja linguagem clara e clássica lembra a de seu contemporâneo Anatole France.

Seu “Franc-Maçonnerie Rendue Intelligible à ses Adeptes” (A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível a seus Adeptos) (I. Livro do Aprendiz. II. Livro do Companheiro. III. Livro do Mestre) foi reeditado em 1962-63 por “Le Symbolisme” com um excelente prefácio de Marius Lepage.

Oswald Wirth morreu a 9 de março de 1943, às 11 horas, e foi sepultado em Monterre-sur-Blourde, ao sul de Poitie. Deixou uma última carta que, foi escrita com toda a honestidade e sinceridade da qual pode ser capaz um adepto da Arte Real.


Fonte: Alec Mellor. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco Maçons. SP, Martins Fontes, 1989, p. 350. 

Agora vamos ao texto onde Wirth expõe sua maneira pessoal de ver os trabalhos dos ingleses no início da maçonaria especulativa, vejamos.

O TRABALHO MAÇÔNICO NA CONCEPÇÃO INGLESA

Os Maçons ingleses jamais experimentaram a necessidade de imprimir aos seus trabalhos um caráter particularmente filosófico. Sublevando discussões no seio das Lojas, eles teriam receado infringir este espírito de fraternidade que a Franco-Maçonaria tem por missão essencial propagar e manter. Eles acreditaram sempre que era preciso contentar-se, em Loja, com praticar o ritual e nada mais. Também, no decorrer de suas reuniões, limitavam-se a proceder escrupulosamente, segundo todas as fórmulas, às recepções previstas. Como está aí, todavia, uma ocupação monótona, freqüentemente fastigiosa e sempre muito árida, compensavam-se a cada vez com um festim que consideravam honestamente merecido, tanto que era realizado com cerimônias ritualísticas, a disciplina mais perfeita sendo observada: cada um mantinha-se direito, solene e digno, sem permitir-se trocar a menor palavra com seu vizinho. Mas, quando os obreiros são chamados a passar do trabalho à recreação, e quando, fechados no templo, os trabalhos são retomados sob uma outra forma, ao redor da mesa de banquete, então, todo constrangimento desaparece, a mais franca cortesia se estabelece entre os convivas e é com o copo na mão que a fraternidade se manifesta verdadeiramente expansiva.

Foi porque as Lojas parisienses não conheceram primeiro outro modo de trabalho, que elas se reuniam invariavelmente em restaurantes. Houve quem procurasse explorar a situação, fazendo-se receber Maçom e
mesmo adquirindo o direito de manter Lojas. Ora, o Venerável Mestre que vendia comida e bebida tinha um interesse natural em preocupar-se, sobretudo, com seus interesses comerciais. Sob sua direção, os trabalhos maçônicos arriscavam-se muito a perder o caráter de dignidade que lhes convém.

Isso levou, por conseguinte, a graves abusos. Certas Lojas deram lugar, com efeito, a críticas infelizmente muito justificadas. Admitia-se não importa que candidato, contanto que ele estivesse em condições de subvencionar os custos da iniciação; depois, os “trabalhos de mastigação” tornaram-se abertamente a coisa essencial, a instrução maçônica concentrando-se com predileção sobre esse vocabulário grotesco e de modo algum iniciático, do qual se persiste às vezes em fazer uso nos ágapes ou banquetes da ordem.

Extraído da Obra: A Franco-Maçonaria Tornada Inteligível aos seus Adeptos de Oswald Wirth

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Campanha de ajuda à Santa Casa de São Paulo


IRMÃO MARCOS JOSÉ ABORDA ATITUDES SIMPLES PARA DIMINUIR ACIDENTES DE TRÂNSITO


Em entrevista concedida à Imprensa de Brasília, e que será publicada em sua íntegra na "Revista Digital", a ser lançada nos próximos dias e que será também impressa, o Soberano Grão-Mestre Marcos José da Silva, aborda "A tomada de consciência coletiva com respeito à vida do outro que é importante nessa questão", detalhando atitudes simples que poderiam diminuir os acidentes de trânsito.  Convidando-o para ler a revista e nos seus detalhes, a entrevista, destacamos alguns parágrafos de sua abordagem.
"...É preciso consciência sobre as consequências dos acidentes e repensar a questão do trânsito e suas implicações para a qualidade e bem estar do cidadão, e na maioria dos casos tal tomada de consciência só é realmente vivida por principalmente àqueles que são atingidos diretamente com a fatalidade gerada por uma colisão muitas vezes fatal..."
"...Em 2011, houve 28.349 casos de morte indenizados por acidentes de trânsito, ou seja, uma média diária de 77 mortes por dia. Já em seis dias de carnaval, considerando também a sexta-feira anterior, quando o tráfego aumenta devido às viagens, a média de ocorrências indenizadas saltou para 116 óbitos por dia. O levantamento é da Seguradora Líder DPVAT, administradora do seguro DPVAT..."
Para o Irmão Marcos José a consciência com o bem estar e a segurança no trânsito deve ser uma reflexão coletiva. "O mais importante em toda essa questão é priorizar a vida do outro também, ter respeito pelo ser humano e a partir da vivência desse pensamento consequentemente as atitudes mudam", finaliza citando as causas mais comuns de acidentes de trânsito:
Erro humano, em todo o mundo, é responsável por mais de 90 % dos acidentes registrados. Principais imprudências determinantes de acidentes fatais no Brasil: por ordem de incidência:
Velocidade excessiva;
Dirigir sob efeito de álcool;
Distancia insuficiente em relação ao veiculo dianteiro;
Desrespeito à sinalização;
Dirigir sob efeito de drogas.
Fatores determinantes das imprudências:
Impunidade / legislação deficiente;
Fiscalização corrupta e sem caráter educativo;
Baixo nível cultural e social;
Baixa valorização da vida;
Ausência de espírito comunitário e exacerbação do caráter individualista;
Uso do veículo como demonstração de poder e virilidade.

Pense sobre elas e evite que faça parte de alguma história com você ou mesmo com as pessoas que você quer bem.

domingo, 23 de novembro de 2014

Os Collegia Fabrorum

  • Origem dos Collegiuns


As fratrias gregas evoluíram para um tipo muito peculiar de organização, do qual viria a sair, em certo momento histórico, os chamados Collegia Fabrorum romanos e, mais tarde as associações obreiras conhecidas como Corporações de Ofício, ou guildas.

Isso ocorreu como resultado de um longo processo de adaptação à realidade histórica, cuja descrição não cabe nos limites estreitos deste trabalho, mas é importante ressaltar que a história da sociedade humana e das ações que se promovem para edificá-la não estaria completa sem uma alusão, ainda que de passagem, por esse importante tipo de organização que o mundo antigo produziu. 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Beleza do Idioma


A língua portuguesa, como última flor do Lácio, evolui e se entranha na árvore dos idiomas que sofre, com o tempo, o envelhecimento em virtude do rejuvenescimento da beleza e da cultura do nosso Latim em pó. Baseada nessa ideia, a escritora Patrícia Secco propôs reescrever Machado de Assis em Linguagem acessível e atual. No entanto, isso pode desconfigurar a arte do escritor e desfavorecer o estudo da língua.

Essa reescrita incentiva ler sem refletir, pois requer previamente a reflexão do "tradutor". Dessa maneira, o texto se torna triplamente subjetivo - experiências de Machado, Patrícia e do leitor - assim, com três interpretações a analisar, a leitura atenta aos detalhes Machadianos é dificultada, favorecendo-se então a incauta que absorve Patrícia sem Assis nem visão crítica do leitor.

A dificuldade e o possível viés provenientes dessa nova versão levam à redução do estudo aprofundado da beleza do Português - extrapolando-se o caso, uma simplificação de Olavo Bilac acabaria completamente com o propósito de uma escola literária. O desestímulo do estudo do Parnasianismo por meio da reescrita, por exemplo, não permitiria às próximas gerações amarem a língua assim, desconhecida e obscura.

Nessa visão, a literatura seria menos estudada e mais deturpada, com leitores cada vez menos críticos, frutos da versão doce e agradável do nosso rude e doloroso idioma. A beleza da linguagem não está na flor nem nas Raízes do Lácio, mas nos ramos de nós sem fim que unem o presente falado ao passado escrito da língua.


Renan de Luca Avila

O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL


Segundo uma anedota muito contada, inclusive pelo próprio Che, Fidel, após a vitória, distribuía o ministério aos comandantes da guerrilha de acordo com suas qualificações profissionais. 

-Quem é agrônomo? 

-Eu! 

-Pois será o ministro da Agricultura. 

-Quem é advogado? 

-Eu! 

-Será o ministro da Justiça. 

Aí Fidel perguntou: 

-Quem aqui é economista? Guevara respondeu: 

-Eu! 

Fidel, surpreso, o nomeou presidente do banco central – e o designado ficou ainda mais perplexo. Terminada a reunião, Fidel chamou-o em particular:

– Che, todos sempre soubemos que você é médico, mas você nunca nos disse que também é economista. Que negócio é esse?

– Economista? Mas, Fidel, eu ouvi você perguntar quem é comunista!

NÃO DUVIDE! A CÉDULA ABAIXO É VERDADEIRA E PERTENCE À MINHA COLEÇÃO:

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Câncer de próstata – novos avanços


Como prevenção precoce, todo homem, entre 40 e 45 anos, deve consultar um urologista, mesmo não apresentando nenhum sintoma.

A palavra próstata vem do grego  prostatis,  que significa “o que está adiante”, no caso dos testículos. Trata-se de uma glândula do tamanho de uma noz, que produz um líquido, desde a adolescência do homem, juntando-se ao esperma e auxiliando a conduzir os espermatozoides até sua ejaculação, no final do orgasmo. Dentro dela, a testosterona, principal hormônio masculino, transforma-se em diidrotestosterona, responsável pelo controle do crescimento da próstata. Essa glândula foi descoberta pelo médico veneziano Niccolò Massa, em 1536.

Aos 20 anos, a glândula pesa 20 gramas. Com o passar dos anos, pode atingir 30 gramas ou pouco mais e ainda está dentro da normalidade. Sabe-se de casos de homens de mais de oitenta anos que nunca apresentaram aumento dessa glândula, nem outras alterações a ela relacionadas. São privilegiados pela natureza e pelas características dos seus genes, comprovando  que nem todos os homens sofrem de doenças da próstata.

O exame de ultrassonografia informa se há aumento ou hiperplasia, que pode ser benigna (HPB) ou maligna. Para constatar essa diferença o urologista faz o toque retal, método mais fácil e rápido de determinar a alteração da próstata. O médico verifica se a próstata está lisa ou rugosa, aumentada ou não. Notando alterações, serão solicitados outros exames, como, por exemplo, o antígeno prostático específico, que é uma proteína conhecida desde 1980 como PSA. Esse exame é realizado nas dosagens livre e total.

Estudos elaborados em universidades americanas desde 2004, com biópsia da próstata em três mil voluntários comprovaram a existência de câncer em 15% deles, mesmo apresentando normalidade ao toque e níveis de PSA considerados normais.

Como apontam esses resultados, qualquer homem acima de 45 anos deve fazer um exame urológico anualmente. Se houver casos de câncer na família, esse exame pode ser antecipado já aos 40 anos. Os principais sintomas de alterações prostáticas estão relacionados com a eliminação da urina:
  • urina com jato cada vez mais fraco;
  • dificuldade ou demora para começar a urinar;
  • necessidade de urinar com mais frequência;
  • acordar à noite para urinar várias vezes;
  • presença de sangue na urina.
Além da herança genética, que influencia em 10%, o meio ambiente, o sedentarismo, a alimentação muito rica em gorduras animais e o estilo de vida são considerados os principais fatores no surgimento do câncer de próstata.

É relativamente recente a aceitação de que o câncer de próstata é um dos mais graves -  até o final de 1980 esse tipo de doença era considerado raro. Em 1941, o Dr. Charles Huggins, do Canadá, pesquisou e publicou sua tese, mostrando a relação entre o câncer de próstata e o hormônio testosterona, o que lhe valeu o Prêmio Nobel de Medicina, em 1966.

No Brasil surgem 50 mil novos casos relatados por ano. É a segunda maior causa de câncer no homem, enquanto as lesões de pele continuam em primeiro lugar. A maior incidência ocorre na raça negra, o que está sendo estudado em todo o mundo para se descobrir  o porquê.

Quanto aos vários tipos de tratamento, em primeiro lugar vem a conduta médica de avaliação trimestral ou semestral do paciente, de acordo com  a graduação do tumor. Essa graduação está embasada na  Escala de Gleason, nome do médico que a formulou. A graduação vai de 1 (quando as células cancerosas ainda apresentam contornos bem definidos) a 5 (quando essas células já estão aglomeradas em sua totalidade).

Outra conduta adotada é o tratamento com hormônios, por meio de injeções ou comprimidos, que podem reduzir a ação maléfica da testosterona. A contraindicação maior reside no fato de que quase cem por cento dos pacientes terão osteoporose e perda de libido. Outros tratamentos envolvem a quimioterapia, que pode reduzir a multiplicação celular. A braquioterapia consiste na implantação, na próstata, de pequenas cápsulas de iodo ou ouro radioativo. Esse tratamento é indicado apenas para tumores iniciais, com baixo risco.

Também pode ser realizada a radioterapia com bons resultados a curto prazo, ocorrendo 20%  de recidiva. Hoje em dia ainda se considera como melhor tratamento a cirurgia com remoção total da próstata. Houve um grande avanço nos tipos de cirurgia, e a disfunção erétil permanente, que era um grande risco do pós-operatório, hoje ocorre em menor porcentagem.

Em 2008, no Congresso Americano de Oncologia em Chicago (EUA), foram apresentadas pesquisas, por médicos ingleses e americanos, com um novo medicamento – Abiraterona –que se mostrou eficaz em 50% dos casos com metástase. Esse medicamento continua em estudo para aprovação.

A maior expectativa, ainda em pesquisa, consiste num novo marcador no sangue, com a sigla EPCA-2, para detectar precocemente o câncer de próstata, com segurança  97% superior ao exame do PSA.

VITAMINA E e CÂNCER DE PRÓSTATA

Desde a década de 1990 foram divulgadas inúmeras pesquisas médicas associando Vitamina E a uma dieta mostrando que havia redução  do risco de câncer de próstata em homens saudáveis  a longo prazo. Porém, o seu mecanismo de ação ainda não foi comprovado.

Em 2004 um trabalho utilizando a vitamina E em ratos revelou que houve inibição do crescimento desse câncer, inferindo-se que a  vitamina E poderia ser o agente principal na morte de células cancerosas  da próstata em ratos. Outras pesquisas foram realizadas com associação de vitamina E e licopeno,mostrando que essa associação também aumentou o processo da morte das células cancerosas. O mecanismo dessa redução também nunca foi bem comprovado.

Até 2006 os médicos não especialistas e mesmo os urologistas, com base nesses estudos, prescreviam uma dose diária  de Vitamina E de 400 a 600 unidades internacionais( UI ) como complemento alimentar, que poderia colaborar para evitar o aparecimento de câncer de próstata em seres humanos.

Em outubro de 2011, um grande estudo que se estendia por 10 anos mostrou uma nova realidade. Esta  pesquisa foi publicada na prestigiada revista médica da  Associação Médica Americana(JAMA). Foram realizados estudos em 35.533 homens  com mais de 50 anos de idade em grandes centros nos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico, sem nenhuma suspeita de câncer de próstata. A conclusão foi surpreendente, porque ao contrário do que se sabia sobre os benefícios da Vitamina E e selênio, houve um aumento de 17% deste tipo de câncer. O trabalho é bem documentado com separação em 4 grupos de pacientes. O primeiro grupo só recebia Vitamina E.; o segundo grupo só recebia selênio; o terceiro grupo recebeu selênio e Vitamina E e o quarto grupo só placebo(substância inócua).

Já a partir de 2008, no andamento dessa pesquisa, os autores recomendaram a descontinuidade do suplemento de Vitamina E e selênio, por não ter ocorrido nenhum efeito protetor. O número de pacientes nos quais havia surgido câncer foi quase igual ao dos que tomaram o placebo.

Os autores não chegaram a uma conclusão sobre a causa que provocou o aparecimento do câncer de próstata nos homens que tomaram a Vitamina E.

Como prevenção primária, sem uso de Vitamina E, como produto químico ou outras suplementações, recomendamos que sempre se faça uma alimentação saudável, retirada diretamente da natureza e não acrescentar vitaminas de nenhum tipo, caso não haja indicação médica.  Frutas, vegetais e legumes como mamão, azeitonas, tomate, beterraba e espinafre, se consumidas diariamente, contêm a quantidade necessária  de Vitamina E para o organismo. Fica claro que outros alimentos com proteínas também são de uso normal, moderadamente.

Não esqueça  de praticar exercícios físicos ou caminhadas diárias de 30 minutos por dia, não fumar, diminuir  o peso, tratar hipertensão arterial e diabetes e fazer uma consulta, pelo menos  por ano ao seu médico, mesmo  que nada esteja sentindo, pois prevenir é melhor que remediar, como  já se sabe há muito tempo.

Tratamento novo

O aumento benigno da próstata pode aparecer em mais de 50% dos homens a partir dos 50 anos e 80% dos homens com 80 anos ou mais. Até agora o tratamento consistia em uso de medicamentos receitados por urologista ou alguma cirurgia.

Em dezembro de 2013 o Conselho Federal de Medicina (CFM), emitiu o Parecer 29/13, para apresentar  um novo procedimento que se denominou embolização das artérias da próstata. Este procedimento,no entanto, envolve um alto risco para a saúde dos pacientes.  Só poderá ser feito por médicos que fizerem  um curso especializado e aprovados em radiologia chamada intervencionista.  Nunca deverá ser decidido como primeira escolha para tratamento da HPB. Também não é indicado em casos de câncer da próstata. Uma decisão definitiva para aprovação deste procedimento só poderá ser feita após 5 anos de acompanhamento dos pacientes que forem tratados.

Em explicação bem resumida, pode-se afirmar que um médico urologista intervencionista especializado para esta cirurgia, introduz um catéter na artéria femural  para chegar até a próstata. São injetadas microesferas que impedirão a injeção de sangue, diminuindo desta maneira o tamanho da próstata, que é a finalidade deste procedimento.

Por enquanto, esta técnica está sendo testada em Hospitais-escola para melhor avaliação. É um tratamento caro e inacessível  pelo SUS. Atualmente está sendo utilizada no Hospital das Clínicas de São Paulo para pacientes que apresentarem obstrução leve, como quando eles tiverem jato fraco da urina, ardência e urgência para urinar.

A Sociedade Brasileira de Urologia(SBU) só está recomendando a utilização desta técnica em casos experimentais, assim como já fizeram as Sociedades de  Urologia da Austrália e Nova Zelândia.
              
A conclusão da SBU é a de que é necessário aguardar mais alguns anos e mais estudos para se comprovar a eficácia e segurança deste novo tratamento para todos os pacientes com  Hiperplasia Benigna.

Dr. Luiz Freitag
Médico Geriatra

sábado, 1 de novembro de 2014

SÃO JOÃO, DE ONDE VINDES?



"Difícil falar em Maçonaria sem citar São João."


Homero Avila
O arquétipo de São João é uma das mais importantes fontes da espiritualização maçônica, cuja origem praticamente nos remete a tempos imemoriais, eis que não se prende a estudos e teorizações, mas sim à persecução humana de um estado de Graça Divina que vem resistindo ao tempo apenas com base nos exemplo e prática virtuosa de um modo de vida guiado pela retidão de caráter, amor ao próximo e fé em Deus. São João é o mais importante guia para o crescimento e aperfeiçoamento moral de Maçons do mundo inteiro.

A virtuosidade do padroeiro da Maçonaria, é, por assim dizer, aquilo que cada maçom “quer ser quando crescer”...

sábado, 25 de outubro de 2014

Uma alternativa para economia de água: é possível lavar seu carro com um só copo do precioso líquido


O baixo nível dos reservatórios de água em São Paulo está chamando atenção para uma soluções inovadoras que evitem o desperdício. Um delas é projeto Lavamos Nós, que lança uma cartilha sobre como lavar o carro com apenas um copo de água, utilizando produtos biodegradáveis.

O Lavamos Nós oferece capacitação profissional para pessoas de baixa renda se tornarem micro empreendedores individuais (MEI), e geração de postos de trabalho para os mesmos, através dos serviços prestados. Para ajudar a construir uma sociedade mais justa e sustentável.

Para realizar seu serviço, eles atendem em estacionamentos em geral. Fazem serviço de delivery, o lavador vai de bicicleta onde o carro está estacionado, atendendo frotas, condomínios comerciais e residências.

Para democratizar seu conhecimento, ele está lançando, na Virada Sustentável, uma cartilha para que cada pessoa possa lavar o carro com apenas um copo de água.

O objetivo é disseminar a economia de água lavando o carro de maneira inteligente e oferecer workshops em escolas, associações de bairro, empresas, estacionamentos e lava rápidos.

Veja a cartilha:


Oração do Eleitor


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Entendendo a crise da falta de água

Dependência da Grande São Paulo do sistema Cantareira revela as dimensões estruturais do problema, aponta Marcelo Vargas*, professor da Ufscar

*Marcelo Vargas é Doutor em Planejamento Urbano
Áreas de Atuação: Políticas Públicas e Sociologia Ambiental

Pouco investimento e seca histórica explicam falta d'água em São Paulo


Uma das maiores estiagens da história, somada a problemas estruturais no sistema de abastecimento de água, atormenta moradores da maior cidade da América do Sul. Mais da metade dos moradores de São Paulo ficou sem água em casa em algum momento do último mês – e, na segunda-feira, o sistema Cantareira, que abastece a metrópole, baixou para o menor nível de sua história: está com 3,5% da capacidade de armazenamento.

domingo, 19 de outubro de 2014

Coleção "Preciosidades Maçônicas"

REVISTA ASTRÉA

Hamilton Foganholo
Segue um precioso exemplar da revista ASTRÉA de abril/1928 que tratava (e ainda hoje continua tratando) dos assuntos ligados ao Supremo Conselho para o Grau 33. 

Quando iniciou, a publicação periódica tinha como diretor presidente Mario Marinho de Carvalho Behring  (27.01.1886 a 14.06.1933), que após sua saída do Grande Oriente do Brasil em 20.06.1927 fundou o sistema das Grandes Lojas no Brasil, valendo lembrar que a Primeira Grande Loja Symbólica Nacional Brasileira foi fundada em 22 de junho de 1927, quando Mario Behring, então Soberano Grande Comendador do hoje Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para República Federativa do Brasil, lançou as bases de uma nova Maçonaria, também regular para o país, e promoveu a separação dos chamados graus simbólicos, dos graus filosóficos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Seis coisas mais assustadoras que o Ebola

O Ebola é assustador, mas estas seis coisas são muito mais assustadoras

Publicado em  por 

"A maioria dos americanos não está correndo tanto risco. Aqui estão os verdadeiros assassinos."

15/10/2014

Post enviado por João Fábio Giória


O Ebola é assustador. Sem dúvida. Agora que um segundo profissional de saúde de Dallas foi diagnosticado com Ebola, muitas pessoas estão justificadamente assustadas com a terrível doença – particularmente trabalhadores de saúde que poderiam encontrar-se cuidando pacientes com Ebola. Na África Ocidental, o vírus está se espalhando e nem de longe sob controle.

Uma Lenda Maçônica


Existe uma antiga história, uma Lenda Maçônica, que deve ser observada atentamente para o entendimento a União, já que somos Maçons, ou... será que não somos Maçons?


O G:.A:.D:.U:. estava sentado, meditando, sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente o Senhor do Universo erguia sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação. Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso caridoso, feliz, ao mesmo tempo em que mantinha um ar complacente.

Foi então que, das nuvens, surge um de seus Arcanjos vindo em sua direção.

Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias. É como o pranto de todas as crianças do mundo. É como o sussurro da brisa.

O Arcanjo tinha asas brancas como a neve: imaculadas.

Levemente, desce ao lado do G:.A:.D:.U:. e ajoelhando a seus pés disse...

- Senhor, visitei a vossa criação como pediste. Fui a todos os cantos, estive no Sul, no Norte, no Oriente e no Ocidente. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças humanas. Notei que em seus corações havia uma Iniciação, eram iniciados Maçons e que, deste a cada um destes, apenas uma asa. Senhor... Eles não podem voar apenas com uma asa!

O G:.A:.D:.U:. na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo:

- Sim. Eu sei disso. Sei que fiz os Maçons com apenas uma asa.

Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar:

- Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessárias duas asas para se poder voar... Para poderem ser livres?

Então responde o G:.A:.D:.U:. :

- Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei aos Maçons apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor. Para poderem evoluir levemente... Para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas: Embora livre, você estará sempre sozinho, ou será somente acompanhado pelos demais. Como os pássaros que, ao mesmo tempo estão juntos, e em seguida debandam.... - Mas os Maçons com sua Única asa, necessitarão sempre de darem-se às mãos e entrelaçarem seus braços, assim terão suas duas asas. Na verdade, cada um deles sempre terá um par de asas. Em cada canto do mundo sempre encontrarão um outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre estará se completando, sempre sendo um par. Dei aos Maçons a verdadeira Liberdade a cada um dei-lhe também, em Igualdade, uma única asa, para que desta forma, possam sempre viver em Fraternidade.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

COMIDAS QUE VICIAM

"Não existe amor mais sincero do que aquele pela comida"
George Bernard Shaw (1856-1950),
escritor satírico e dramaturgo irlandês.


Estudos da Sociedade de Neurociências de Chicago (EUA), já desde outubro de 2009, publicados pela primeira vez, mostraram os efeitos em ratos, provocados pela dependência de determinados alimentos, como se fosse um vício, com surgimento de obesidade e todas as consequências funestas ao facilitar o surgimento de outras doenças.

Pesquisas com ratos comprovaram o modo como eles adquiriram o hábito de comer por compulsão vários alimentos selecionados, principalmente os que continham os mais altos teores de gorduras e calorias.

sábado, 4 de outubro de 2014

Esses fantásticos japoneses e suas Lojas maravilhosas...


GRANDE LOJA DO JAPÃO

V.'.M.'.  James T. Kirk
(2040 a 2042 da E.'.V.'.)

Essa incrível e maravilhosa Loja existe mesmo e foi fundada em 1957.

A Grande Loja do Japão detém jurisdição sobre todas as lojas no Japão, com exceção dos ativos antes de sua criação.

Site: GRANDE LOJA DO JAPÃO

ENDEREÇO​​: Tokyo Masonic Center, 4-1-3 Shibakoen 
Minato-ku, Tokyo 105-0011 - Japão 
Tel: 03-3433-4981 
Fax: 03-3578-8440 
E-Mail 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sem Necessidade de Medidas Heróicas

Editorial "O GLOBO"
de 30/09/2014
Postado por Marco Antonio Duarte de Azevedo

A proposta de uma reforma política frequenta com enorme assiduidade discursos de políticos, programas de partidos e candidatos. Mas, na prática, pouco ou nada se avança. Não chega a ser algo de todo mau. Pois as regras do jogo político e eleitoral necessitam de alguma estabilidade, não podem ser alteradas a torto e a direito, sob influência de maiorias eventuais no Congresso.

Porém, está evidente que há distorções no quadro partidário, assim como na forma como se exercita a política eleitoral. E elas podem ser eliminadas, sem a necessidade de qualquer revolução heroica.

Os gráficos abaixo são esclarecedores. Fica claro que do enorme crescimento no número de legendas, a maioria delas com representação no Congresso, não resulta um maior poder de atração sobre o eleitorado. Quer dizer, o sistema partidário falha na sua principal função: ser a voz do eleitor na República. Era previsível que, encerrada a ditadura militar, em 1985, e com a volta das liberdades civis, sacramentadas na Constituição de 88, partidos fossem criados — ou recriados. Afinal, a camisa de força da legislação ditatorial tornara o MDB, Arena e depois o PDS conglomerados de tendências, à direita e à esquerda.


Mas o que se viu, reabertas as comportas da democracia, foi uma enorme pulverização de legendas. De 1988 ao ano passado, o número de partidos aumentou em pouco mais de 350%, de 7 para 32. Destes, 22 com deputados na Câmara.

Levantamentos do Datafolha, porém, feitos nos meses de setembro nos anos de eleições, de 2002 a 2014, confirmam a maior preferência dos eleitores por três legendas: PT, PMDB e PSDB, como sabido. O ruim é que a esmagadora maioria — 66% este ano e, no melhor cenário, 56% em 2010 — não opta por qualquer partido.

Não há, portanto, relação entre liberalidade excessiva na legislação que rege a vida dos partidos e grau de representatividade das legendas, fator essencial na democracia representativa.

O problema não chega a ser o número em si de legendas, mas o fato de que, por falta de uma cláusula de barreira ou de desempenho, há muitos partidos nanicos com acesso ao fundo partidário e ao horário no programa político dito gratuito. O resultado é que fundar partido virou negócio rentável — no sentido pecuniário mesmo do termo. Minuto de TV virou moeda de troca. Às vezes, literalmente.

Instituir esta cláusula, como se vê, é crucial para aumentar a escassa legitimidade do quadro partidário. E ainda facilitará as alianças para a governabilidade. Continuará a ser possível fundar legendas, mas só aquelas que atraiam percentuais mínimos de eleitores terão prerrogativas plenas (fundo partidário, TV etc.). Como em democracias consolidadas. Um segundo aperfeiçoamento é o fim da coligação em eleições proporcionais, para que sobras de votos não elejam candidatos de legendas coligadas, desconhecidos do eleitor.

Não são necessárias, portanto, alterações profundas para se dar um elástico salto de qualidade na vida pública. Inclusive, ministros do Supremo, onde em 2006 um projeto de cláusula de barreira foi derrubado, consideram necessário voltar ao assunto. Tema para a legislatura e o presidente que assumem em 2015. Sem que seja preciso apelar para a proposta golpista da “Constituinte exclusiva”.

OS PONTOS-CHAVE

1 - Explodiu o número de legendas, mas o problema é nanicos terem prerrogativas incabíveis, como horário na TV etc.

2 - Não é preciso fazer ampla mudança na legislação político-eleitoral, bastam alguns ajustes tópicos

3 - Deve-se voltar com a proposta de uma cláusula de barreira, contra a pulverização excessiva de legendas

4 - Outra mudança é acabar-se com as coligações nas eleições proporcionais, que são um estelionato

5 - Menos partidos no Congresso facilita e torna mais transparentes as alianças para a governabilidade

Este é o quarto editorial de uma série sobre problemas que terão de ser enfrentados pelo próximo presidente da República.

AMANHÃ: Crise na saúde pública

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ratos no Porão

Apareceram no porão de minha casa treze ratos malditos. Foi descoberto, na verdade, que já estavam lá há 12 longos anos. As estruturas da casa estavam completamente corroídas, e havia enorme quantidade de estoque de alimentos reunidos ali. Pareciam musaranhos, esses raros gulosos. Agora entendia por que gastava cada vez mais nas compras do mês e tinha menos comida disponível para a família.
Chamei os dedetizadores. Não aguentava mais esses ratos em minha casa. Eram especialis...tas, e me ofereceram duas soluções. A primeira era mais cara, custava 45 reais. A segunda, um pouco mais barata, saía por 40 reais. Quais eram as diferenças principais?, perguntei.

A de 45 reais era mais técnica, contava com os melhores dedetizadores disponíveis, gente preparada e com ampla experiência prática. Havia, porém, um problema: os ratos estavam mais acostumados com eles e já tinham desenvolvido formas de derrotá-los, de sobreviver aos seus pesticidas.
Com a solução de 40 reais, eu teria uma turma menos experiente, que oferecia soluções mais românticas, algumas práticas que pareciam com a dos próprios ratos para poder vencê-los em seu território. Era uma “nova forma” de se fazer o trabalho, diziam. Quase fui fisgado pelas emoções.
Mas eis o que acabei decidindo: compraria primeiro a solução de 45 reais mesmo, confiando que é preciso ir com o melhor produto disponível no mercado para acabar com os ratos e colocar a casa novamente livre das pragas, com pilares mais sólidos.
Se esse remédio não surtisse efeito e os ratos continuassem por lá, haveria ainda uma segunda chance para gastar mais 40 reais e apelar para a outra alternativa. No dia 5 de outubro, os dedetizadores ficaram de ir lá em casa para a primeira tentativa. Aguardo no local, com alguma esperança. Não suporto mais conviver com aqueles ratos!
Se nenhum dos dois produtos funcionar, receio que minha casa não fique de pé por mais quatro anos, prazo prometido para que um revolucionário método novo esteja disponível no mercado. Vi o que aconteceu com dois vizinhos meus, um venezuelano e outro argentino. Os ratos tomaram conta de tudo e a casa veio abaixo. Deus me livre de tal destino trágico!
Rodrigo Constantino

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Walt Disney, Extraordinário Cartunista (1901-1966) - "Um DeMolay" (e Mickey também...)


Walt Disney - um ícone para gerações, um homem com uma visão, um sucesso que construiu um império com seus desenhos - foi primeiro um DeMolay. 

Disney nasceu em Chicago e foi criado em Marceline, Missouri. Passou a maior parte de sua infância em uma fazenda, muitas vezes desenhando ilustrações dos animais. Mais tarde, a família se mudou para Kansas City, onde Disney fazia uma série de biscates para ajudar a sustentar a família. Aos 15 anos, abandonou a escola. 

No outono de 1917, a Primeira Guerra Mundial estava em pleno vigor. Disney queria entrar para as tropas de guerra, mas não conseguiu devido a pouca idade na época (16 anos). Determinado a ajudar, a Disney viajou para a França e tornou-se um motorista de ambulância da Cruz Vermelha. A ambulância que guiava não era decorada com efeitos de camuflagem, mas sim com seus próprios desenhos originais. 

Semana Cultural Maçônica



terça-feira, 16 de setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Depressão e Estilo de Vida

“A maior solidão é a do ser que não ama...”
Vinicius de Moraes (l913-1980) carioca, diplomata, poeta, compositor.

Solidão permanente sempre está associada com depressão. Há mais de vinte anos a depressão, no Brasil, começou a se destacar como o maior índice  de morte em idosos com mais de sessenta anos. Até nossos dias ainda não se chegou a uma conclusão sobre as variadas causas da doença. Teorias mais aceitas são as que relacionam desequilíbrio químico entre os neuro transmissores do cérebro como a oxitocina, quando em  níveis muito baixos, fica  associada aos casos de suicídios. Também a dopamina quando em níveis baixos, por exemplo, provoca a imobilidade e tremor dos pacientes com mal de Parkinson, pois este neurotransmissor regula o controle motor. Outro neuro transmissor a serotonina, regula o humor, memória e aprendizado.

O pior tipo de depressão é o associado com várias comorbidades como diabetes, acidente vascular cerebral (AVC), além do mal de Parkinson e Doença de Alzheimer. Fatores que independem de outras doenças, como a insatisfação com a vida que está levando, a perda de um ente querido, a mágoa por não ter conseguido fazer tudo o que queria e a falta do desejo sexual, principalmente para o homem, também contribuem para o aparecimento da depressão.

Recentemente (agosto de 2014) todo o mundo surpreendeu-se com o suicídio do grande ator de cinema Robin Williams com 63 anos, muito conhecido por atuações em filmes onde a comédia é preponderante. 

Também sofria de Parkinson, foi alcoólatra e dependente de drogas. Ninguém poderia supor que um ator capaz de provocar o riso pudesse suicidar-se. Faz lembrar aquele anedota antiga de um paciente que foi consultar um psiquiatra recém chegado à sua cidade. O médico anotou suas queixas e recomendou que ele fosse se divertir um pouco mais com um palhaço do circo. O paciente respondeu: pois é, doutor, o palhaço desse circo sou eu mesmo.

Dados recentes divulgados em São Paulo informam que no período dos últimos dezesseis anos houve crescimento de até 705% de óbitos por suicídio em pacientes com depressão nos idosos de mais de sessenta anos e até com mais de oitenta anos, principalmente em mulheres, em 2012.

A escolha de um estilo de vida mais saudável, que contemple alimentação equilibrada, atividades  físicas, relacionamento com amigos e parentes, leituras de livros, não ter raiva nem guardar ressentimentos, são formas práticas a se adotar diariamente e possíveis de serem realizadas.

Os anos futuros serão sempre melhores quando se aceitam os infortúnios inesperados.

Quando sozinho não conseguir superá-los, vá consultar um psiquiatra.
         
Luiz Freitag 
(agosto 2014) 

domingo, 7 de setembro de 2014

Substituição do Pavilhão Nacional

Sábado, dia 06/09/2014 às 09:00h, houve a substituição do Pavilhão Nacional do Parque da Independência no Museu do Ipiranga, iniciativa e apoio do Grande Oriente de São Paulo, através do Eminente Grão Mestre, Ir.: Mario Sergio Nunes da Costa, representado no ato pelo Irmão Vanderlei Farias - Secretário de Políticas Públicas do GOSP, com a presença do Irmão Secretário de Gabinete Adj. Ir.: Alexandre Da Mata, Ir.: Diwan - Assessor do Grão Mestre e do Deputado Federal, Irmão Protógenes Queiroz e das Paramaçônicas, Ordem DeMolay, Filhas de Jó, APJ, Arco Íris, Bodes do Asfalto.