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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PALAVRA DO GRÃO MESTRE DO GOSP - MARIO SÉRGIO NUNES DA COSTA

Publicado em 24.09.2013
 

Estimados, não é fácil escrever sobre a dor do próximo quando não sentimos na pele, de fato a dor do próximo.

Assim me sinto, transcrevendo aqui palavras de acalanto às vítimas da tragédia natural ocorrida no município de Taquarituba/SP.
 
Em um planeta tão imenso, muitos, assim como Eu, devem questionar-se o motivo pelo qual tal ocorrência ocorrera justamente naquele local. Mas, refletindo, qual local merece receber uma tragédia? É claro que nenhum, mas o Criador em sua Luz nos ensina inclusive através da dor.
 
Façamos desse momento mais uma campanha em prol da união dos homens. Da comunhão na paz. Da justiça e do trabalho!
 
Inicio aqui um apelo pessoal em prol das vítimas dessa tragédia e juntos conseguiremos ajudar um pouco, os nossos semelhantes.
 
Cabe informá-los que temos no município de Taquarituba/SP a ARLS Concórdia Fraterna n˚2318 e a ARLS Arquitetos da Concórdia n˚3701 e o Templo onde as Lojas Maçônicas se reúnem também fora atingido pelos fortes ventos.
 
Vamos trabalhar por esta causa Justa e Perfeita.
 
Fraternalmente,
Obrigado
 
Mario Sergio Nunes da Costa
Grão Mestre Estadual do Grande Oriente de São Paulo - GOSP

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CHAMPAGNE: QUANDO ONDE E POR QUÊ TOMAR

 
Apesar de intimamente ligado ao prazer, à festa e às comemorações, o seu espumante preferido pode ser tomado em muitas ocasiões. Sua leveza, frescor e acidez, e o fato de que devem ser tomados resfriados (não gelados – qualquer bebida consumida numa temperatura próxima de zero anestesia o paladar e não permite ser realmente saboreada), combinam muito bem com o clima quente de nosso país.
 
Um bom espumante, qualquer que seja a sua nacionalidade, é talvez o melhor aperitivo que existe. Antes da refeição, antes do vinho tinto que vai acompanhá-la ou simplesmente vai ser o alvo da degustação, ou também para acompanhar a entrada, o petisco, o espumante se qualifica como ninguém. Desde, é claro, que esse acompanhamento não seja temperado demais ou de sabor muito marcante. Ninguém conseguiria saborear o espumante acompanhando sardella ou algo muito apimentado.
 
Também não convém deixar o espumante pro final. Depois de um vinho ou de uma refeição de sabor mais marcante o paladar já estará prejudicado para a sua sutiliza. Para encerrar o evento o melhor é um porto, um vinho doce de sobremesa ou, já fora do mundo dos vinhos, um licor.
 
Se ao invés de um espumante a escolha foi um champagne safrado, pode servir como acompanhamento para uma refeição de frutos do mar. Um champagne de safra mais antiga pode acompanhar até mesmo perdiz ou frango.
Ou seja: não só nos momentos especiais o espumante pode estar presente. Aliás, dependendo do espumante, ele terá o poder de tornar o momento especial.
 
Por exemplo, se o custo não for problema e você resolver ousar mesmo e experimentar o que há de melhor nesse mundo fascinante, e a escolha recair sobre uma cuvèe prestigie, além de preparar o bolso, escolha bem a ocasião. A escolhida por si só é um evento, então que seja para comemorar o nascimento de um filho, o aniversário de 25 anos de casamento, ou algo desse nível. Já que o seu paladar estará em festa, é melhor que seu coração também esteja, pois será um momento para não ser esquecido.
 
Nesta hora, em primeiro lugar, faça como aconselham os franceses. O abrir de uma garrafa de champagne não deve ser um estouro, como um tiro, mas um assobio. Depois de tirar o alumínio que envolva a rolha apóie o polegar sobre ela para impedi-la de voar. Com a outra mão destorça o arame que a prende, nem é preciso removê-lo por inteiro. Então, segurando a rolha com firmeza, comece a girá-la em uma direção enquanto gira a garrafa na outra, até ouvir o esperado assobio de parte do gás saindo. Uma especialista em vinhos conta em seu livro que um francês lhe disse uma vez que uma garrafa de champagne corretamente aberta não deve fazer maior ruído do que um suspiro de uma mulher satisfeita...
 
Mas vamos supor que a escolha tenha sido um champagne que é simplesmente um mito, a cuvèe prestigie da casa Louis Roederer: a champagne Cristal. Você sem dúvida alguma estará em boa companhia.
 
A Cristal tem este nome porque o antigo imperador da Rússia, o Czar, encomendou ainda no século XIX a Louis Roederer que fizesse seu champagne sob encomenda, apenas utilizando as melhores uvas das melhores vinhas. E mais: que enviasse esse tesouro em garrafas do mais puro cristal! E quando cada uma era esvaziada pelo Imperador e pelos seus convidados, a tentação de guardar a garrafa era enorme. Mas qualquer tentativa nesse sentido era impedida pelo próprio Czar, que dizia que aquilo que tinha sido saboreado era tão especial, tão extraordinário, que não deveria restar nada além da sua lembrança. E quebrava imediatamente cada garrafa de cristal...

Para saber mais:
Sobre vinhos em geral, não apenas espumantes:
A BÍBLIA DO VINHO, Karen Macneil, Ed. Ediouro;
THE WORLD ATLAS OF WINE, Hugh Johnson, Mitchell Beazley.
Sobre a história do champagne:
CHAMPAGNE – COMO O MAIS SOFISTICADO DOS VINHOS VENCEU A GUERRA E OS TEMPOS DIFÍCEIS, Don e Petie Kladstrup, Jorge Zahar Editores.
Sobre espumantes e champagne:
WORLD ENCYCLOPEDIA OF CHAMPAGNE & SPARKLING WINES, Tom Stevenson, Dorling Kindersley;
4000 CHAMPAGNES, Richard Juhlin, Flammarion.

A IRA DO PEIXE

 
Aproximei-me da mesa do bufê com iguarias variadas, dentre as quais se destacava um enorme peixe assado. Cerca de sessenta centímetros de comprimento estendidos numa travessa de prata de lei, ornamentada com folhas verdes, rodelas de tomates e de pimentões verdes e vermelhos.  Aros de cebola branca, como  elos olímpicos,  completavam a decoração.

Olhei-o de frente.  Aqueles olhos arregalados, os dentes desafiadores naquela boca  aberta e com as extremidades caídas...  O peixe parecia expressar perplexidade, indignação!
 
Fiquei ligeiramente constrangido, diante daquele quadro.
 
Por alguns segundos imaginei como teria morrido aquele peixe... “Lutando pela liberdade, com certeza”!

Dizem que Deus, além de toda a natureza, criou o homem, as aves e os  animais.  Estes últimos, aves e animais, dentre outras finalidades, também para servirem de alimento para aquele. Concordo. Mas penso que, dentro do possível, deve-se dar uma morte digna àqueles irmãos destinados ao sacrifício.

Certo domingo estava eu observando pescadores num desses pesqueiros confortáveis, verdadeiros parques, com guarda-sóis, cadeirinhas, serviço de bar, caixa de isopor com as cervejinhas, etc. Aquele dia ensolarado sugeria alegria, descontração, mas estavam todos compenetrados, em silêncio, à espreita dos incautos peixes ali confinados... Pois é, a deslealdade já começa por aqui... Confinados,  para serem... caçados!

De repente, chama-me a atenção o caniço vergado de um pescador que se levanta excitado pela expectativa de uma boa  presa.

A linha retesada era puxada de um lado para outro, traçando arcos na água. Às vezes, era levada mais para o fundo. O pescador soltava mais linha e a recolhia, soltando ou girando rapidamente a carretilha até,  minutos após, esgotar as energias da sua presa, que foi içada para o barranco, derrotada. Derrotada?  Não senhor! O peixe concentrava suas energias e mais uma vez lutava, bravamente, tentando desvencilhar-se daquele doloroso objeto pontiagudo  encravado em sua goela. Mas, foi em vão.

Não sei que peixe era, mas era um belo exemplar, dorso cinzento, a barriga esbranquiçada. Mais de trinta centímetros.

Aproximei-me. Vejo o pescador retirando com um alicate, cuidadosamente, o anzol ainda com  a isca, da goela do peixe... Aliás, pareceu-me estar arrancando as entranhas do coitado, que ainda se debatia, ofegante! Sangrava um pouco!
Retirado o anzol,  o pescador vitorioso examina a isca intacta, orgulhando-se da boa qualidade do artefato que imitava um peixinho reluzente. Não sei se era de metal ou de plástico... Mas, certamente, uma atração irresistível!

Na realidade, confinado naquele espaço, o peixe não tinha opções de busca livre de alimentos, nem opções de fuga. Atraído pelo artifício do dissimulado pescador, abocanhou aquilo que lhe parecia uma deliciosa refeição... e sentiu apenas aquele frio metal, ou aquele plástico insosso, a travar e  ferir-lhe a goela, sufocando-o!

Imagino: se o peixe pudesse expressar verbalmente a sua ira, naquele momento, com certeza proferiria impropérios, em altos brados, qualificando o pescador como rebento de uma mercenária sexual...

Após alguns minutos, resta-lhe apenas o desencanto, a frustração pelo engodo de que fôra vítima.

Pois é. Desde que inventaram a isca artificial e que se torna cada vez mais perfeita, cada vez maior é a decepção do irmão das águas, quando atraído para um suposto banquete.

Coitado... O peixe é tapeado quando está apenas buscando seu alimento, ou está cumprindo seu desígnio natural de predador, que lhe foi atribuído pelo Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, para o equilíbrio da natureza. E naquela rápida ação, sequer sente o sabor de um irmãozinho destinado a sua alimentação, ou o delicioso sabor de um molusco ou de um pedacinho de carne. Ou de uma mísera minhoca  que fosse!...

O nosso irmão das águas foi condenado à morte, ultrajado, ludibriado por um sedutor mas indigesto pedaço de metal brilhante, ou por  um asqueroso naco de plástico colorido, dolorosamente enroscado em suas entranhas.

Sacanagem!...Em agonia, foi o seu último sussurro.  Eu ouvi, JURO!

CONSERTAR O MUNDO



Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias em seu laboratório, tentando encontrar meios de melhorá-los.
Certo dia, seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo.
O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer o filho brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível removê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo.
Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar.
Aqui está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Mas faça tudo sozinho!
Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa.
Passadas alguns minutos, ouviu o filho chamando-o calmamente.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho.
Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa quem jamais havia visto.
Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo.
Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares.
Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel Do jornal para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de Um homem.
Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui.
Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.!!!
Chico Xavier
enviado pelo Ir.'. Gallotta

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Brasil Shriners Clube


O Brasil Shriners Clube é uma instituição paramaçônica que surge no país com o objetivo de fazer mais um trabalho de benemerência digno de nossa fraternidade. O objetivo da fundação do Clube é estar habilitado para encaminhar aos hospitais dos Estados Unidos pacientes de 0 a 18 anos, para serem tratados de problemas graves relacionados à ortopedia, queimaduras, lábio leporino e espinha bífida, dentre outras especialidades médicas sem custos de hospital. O transporte, do paciente e de um acompanhante, também será provido pelo clube que é formado por Mestres Maçons da Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul, Grande Oriente do Mato grosso,Grande Oriente do Paraná, Grande oriente de Santa Catarina,e as três (3) potencias de São Paulo (Grandes Lojas do Estado de São Paulo,Grande Oriente do Brasil e Grande Oriente Paulista).

Os valores maçônicos, nossos princípios, muitas vezes corporificados na benemerência e a caridade que todo maçom deve proporcionar ao necessitado, deve sair das quatro paredes dos templos e chegar onde necessário no seio da sociedade onde plantamos nossos princípios e auxiliando aos necessitados, no caso dos Shriners, às crianças que precisam de cuidados, sejam elas filhas de Irmãos, sejam filhas de profanos.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AMIGOS


AMIGOS: A FAMÍLIA QUE ESCOLHEMOS

Aprendemos que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo à longa distância. E o que importa não é O QUE você tem na vida, mas QUEM você tem na vida. E aprendemos que bons amigos são a família que podemos escolher.

Existe aquele amigo "Avó(ô)", que é sempre o velho, o cansado, o ranzinza .. mas é o conselheiro, o que sabe olhar as coisas com outros olhos.

Tem o amigo "Mãe/Pai", que está sempre ali te dando bronca, falando o que você deve ou não fazer .. mas quando acontece qualquer coisa, é o primeiro a quem você recorre.

Tem o amigo "Irmão/Irmã" mais velho, que te azucrina, que coloca a culpa em você sempre que faz alguma besteira, que você briga pra caramba, as vezes fala o que não deve ... mas é o primeiro a te proteger, e que no fundo você ama e respeita acima de tudo, e até toma suas dores.

Tem o amigo "Irmão/Irmã" mais novo, aquele que sempre vai te dar trabalho, que é o mais divertido, que faz/fala as bobagens, que você vai ter sempre que proteger ... mas é o que vai estar sempre com você, independente de qualquer coisa.

Tem o amigo "Primo/Prima" distante, aquele que você vê muito de vez em quando .. mas quando vê, o tempo não passou, é só alegria e companheirismo.

Tem o amigo "Adotado", ele chegou um dia do nada, você precisou se acostumar, precisou se encaixar ao jeito dele, e depois de um tempo, ele vira a melhor coisa que aconteceu. 

Tem o amigo "Diferente", ele é daquele jeito que você nunca vai entender, é o estranho, às vezes engraçado, às vezes muito sério, tímido, espalhafatoso .. tudo numa mesma pessoa.

Tem o amigo "Familiar Distante", que é aquele que parece que você sente saudade sempre, parece que nada vai suprir a falta que ele te faz.

Cada um tem seu papel no ciclo "Família/Amigo", cada um é o pedacinho que precisamos para ter essa família. Faça amigos... Cultive essa família!

“O amigo ama em todo o tempo; e na angústia nasce o irmão. Feridas, quando feitas por um amigo, são muito melhores do que beijos de quem nos quer enganar”. (Provérbios 17:17 e 27:6)

Enviado pelo Ir.'. Salvador Gallotta


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PAPEL HIGIÊNICO ROSA

Antonio Prata
  
Outrora onipresente em desprivilegiadas privadas públicas, ele deixou a vida para entrar na história.
 
 
Semana passada, quando o explosivo conluio entre uma moqueca baiana e uma ressaca homérica me levou, às pressas, a buscar asilo no banheiro de um boteco, dei-me conta de uma discreta, porém fundamental, mudança na cenografia do cotidiano: o papel higiênico rosa não existe mais. Sem alarde, sem choro nem vela nem fita amarela, os purpúreos rolos, outrora onipresentes em pés sujos, postos de gasolina e outras desprivilegiadas privadas públicas deste Brasil, deixaram a vida para entrar na história.
 
Diante de tal constatação, não pude evitar que um sorriso despontasse em meu rosto. Senti que o papel higiênico rosa era uma daquelas aberrações do século 20 felizmente extintas, como a palmatória, o CFC, os polichinelos nas aulas de educação física. Que pereça na vala comum do passado, pensei, e que de lá só saia em pesadelos, quando o inconsciente, com suas razões que a própria razão desconhece, vier esfregá-lo novamente em nossas fuças -ou em recantos menos nobres da epiderme.
 
Minha alegria, contudo, não durou muito tempo. Esvaiu-se assim que olhei para o lado e lembrei a que fomos condenados após o declínio daquele desprezado produto da celulose: aos rolões ou aos guardanapinhos. É como se tivéssemos derrubado um caudilho de república das bananas para cair na Guerra Fria, com duas potências dividindo o mundo e impondo a nós suas autocráticas vontades.
 
Comecemos pelos rolões. A sensação de abundância trazida pela visão da bojuda caixa de plástico desaparece no momento em que o cidadão tenta extrair dela o quinhão que lhe convém daqueles quilômetros de papel higiênico. Pois algum infeliz decidiu, depois de mais de um século de bem-sucedida extração frontal, que o papel agora sai paralelamente ao -digamos assim- usuário, que precisa contorcer-se para puxá-lo. Não satisfeito, o mesmo gênio, pai da "extração paralela", cometeu um grosseiro erro de cálculo. Há uma equação inviável entre a espessura do papel e o peso do rolo: mal você puxa aquela diáfana lingueta, ela se rompe. Por minutos a fio você fica ali, tentando devagarinho, tentando pequenos trancos, tenta até enfiar a mão dentro da caixa de plástico para ajudar no movimento, mas é em vão: o papel rasga em vários pedacinhos e só resta a você fazer um bolinho com aqueles trapos, um amontoado mais troncho que dinheiro de bêbado.
 
O mesmo problema, é verdade, não ocorre com os tais "guardanapinhos", pois eles sequer te dão a esperança de conseguir um comprimento decente: já saem da caixa vertical previamente cortados, com as dimensões perfeitas para a higiene -de gnomos, de duendes, de hobbits; não de seres humanos. É revoltante.
 
O rolão é uma ditadura stalinista, um estado imenso cuja máquina existe mais para a autopreservação do que para o bem do cidadão. Os guardanapinhos são o capitalismo selvagem, em que foi tirado do indivíduo e dado ao mercado uma das escolhas mais básicas da vida: o tamanho do papel higiênico que lhe convém na mais íntima das solidões.
 
O papel higiênico rosa podia ser feio, meus amigos, podia ser rude e agressivo, mas funcionava. Éramos felizes e não sabíamos. Éramos livres e não sabíamos. Saudades do papel higiênico rosa.
 

A PARÁBOLA DO BODE PREGUIÇOSO

 
Por Samuel Freitas
 
Um fazendeiro querendo aumentar e melhorar seu rebanho, após escolher entre muitos adquiriu um lindo cabritinho ainda pequenino e o criou com todas as regalias, para que no futuro breve após crescer e receber as instruções e aprendizados necessários, o mesmo viesse a divertir seus filhos e sobrinhos. Após algum tempo o cabritinho se transformou num belo, lindo, dócil, forte e bem cuidado bode. Aí o fazendeiro mandou construir uma charretinha infantil para o mesmo, e assim as crianças pudessem brincar com o belo animal, passeando pelos jardins, quintal e pomar, em plena paz e harmonia com a natureza. Mas o bode não queria saber de trabalhar. Era super preguiçoso e fazia de tudo para esquivar-se do pouco trabalho que lhe era atribuído, se escondia, fugia, empacava, ficava de mal humor e dava coices. O fazendeiro fez tudo o que podia para que o bode trabalhasse, mas sem resultado algum.
 
Finalmente, desesperado, pediu conselhos ao vizinho, que era um verdadeiro mestre para lidar com estas situações.
 
 - Você tem que oferecer a ele muito amor, compaixão e carinho - declarou o vizinho.

 - Amor, compaixão e carinho? - exclamou o fazendeiro.

 - Sim, isso mesmo - disse o vizinho, isso faz maravilhas.

Os dois se separaram, e o fazendeiro voltou para o bode. Depois de duas semanas, o fazendeiro acabou encontrando o vizinho que lhe dera sua opinião.
 
 - Como vai o bode ? - perguntou o vizinho - está trabalhando agora ?

 - Nem um pouco - respondeu o fazendeiro. - O que você sugeriu não fez diferença alguma.

 - Deixe-me vê-lo - disse o vizinho.

E os dois foram encontrar o bode num estábulo ali perto. Quando o vizinho com toda sua experiência, aproximou-se do bode, pegou um cajado e, indo diretamente até onde ele estava, quebrou-a na cabeça do bode com uma forte pancada.
 
 - Mas, - gaguejou o fazendeiro - , eu achei que você havia dito que eu tinha que usar amor, compaixão e carinho.

 - Sim, disse o vizinho, um fazendeiro experiente. - Mas, primeiro, você chama a atenção dele. Se isso não for suficiente, tente mais duas vezes, e se nada resolver descarte-o pois assim ele não estragará o seu rebanho. E numa próxima vez analise melhor para uma escolha positiva, pois de nada adianta criar e educar se não tens a participação necessária.
 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Como reconhecer o autor de um quadro só olhando a pintura

Quer impressionar todo mundo fingindo que entende de arte? Vou  ensinar a reconhecer artistas pelo seus quadros. Não vou colocar nenhuma pintura famosa, já que essas nós conhecemos das aulas de artes da 6ª série. Vamos ao que interessa.


1) Se o plano de fundo do quadro for escuro e todo mundo está com cara de tortura, é do Ticiano


2) Se todo mundo tem bunda grande é do Rubens

3) Se todos os homens têm olhos de vaca e parecem donas-de-casa, é do Caravaggio


4) Se tem um monte de gente no quadro, mas elas parecem normais, é do Pieter Bruegel

5) Se tiver um monte de gente no quadro, mas o quadro está cheio de coisa louca, é do Bosch

6) Se todo mundo parece um mendigo iluminado por um poste, é Rembrandt

7) Se no quadro tem cupidos ou ovelhas, ou se você considerar que cupidos ou ovelhas poderiam estar no quadro, é Boucher

8) Se todos forem bonitos, estiverem semi-nus e empilhados ou apertados, é Michelangelo

9) Se Tem Bailarina, É Degas

10) Se tudo é pontudo, tiver contraste e os homens tiverem barba em um rosto magro, é El Greco

11) Se todo mundo parece o Vladimir Putin, o presidente da Rússia, é Van Eyck

Agora você já está preparado pra arrasar com as gatas no museu.
By Lucas Mombaque

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A ESPADA POR UMA VISÃO TEÍSTA

 
Fonte: Folha Maçônica nº 327

BIBLIOTECA DO EXÉRCITO EM SÃO PAULO

 

A BIBLIOTECA DO EXÉRCITO – BIBLIEX MONTARÁ UM ESTANDE PARA APRESENTAÇÃO E VENDA DE SEUS PRODUTOS (LIVROS E ASSINATURAS) NAS SEGUINTES DATAS E LOCAIS:
 
 
DIAS 24, 25 E 26 DE SETEMBRO
DAS 09:00 ÀS 16:30 HORAS
ESPAÇO CULTURAL DO QUARTEL GENERAL DO COMANDO MILITAR DO SUDESTE AV. SARGENTO MÁRIO KOZEL FILHO, 222 - IBIRAPUERA (ESTACIONAMENTO NO INTERIOR DO QG)
 

DÁS 18:30 ÀS 22:30 HORAS
ASSOCIAÇÃO DOS DIPLOMADOS DA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA – ADESG/SP
RUA ÁLVARO DE CARVALHO, 48 – 4º ANDAR - CENTRO, SÃO PAULO - SP.

EM JOGO: A APLICAÇÃO DA JUSTIÇA E O ESTADO DE DIREITO

FIQUE POR DENTRO
 
Artigo: o voto do ministro Celso de Mello e a credibilidade do STF
publicado em 17 de setembro de 2013
 
 
 

 
 Por Adriana Ancona de Faria*
 

O ministro Marco Aurélio, depois de impedir o voto do ministro Celso de Mello na última quinta-feira, alongando sua manifestação ao infinito na companhia do ministro Gilmar Mendes, fechou a sessão do STF em franca desconsideração ao ministro Luís Roberto Barroso, comentando com desdém o “direito” que o “novato” se deu de questionar os veteranos.
A deselegância do ministro Marco Aurélio não é apenas um desrespeito às normas de etiqueta, mas uma ofensa à seriedade da convivência democrática que deve pautar as relações da mais alta Corte do País.
Novato ou veterano, todo o ministro do STF tem o dever de pronunciar-se de acordo com seu convencimento, com fundamento na ordem jurídica vigente e em especial nas previsões constitucionais do País.
Contrapondo-se ao colega que dizia não ter suas decisões pautadas pelas massas, mas sim pelo Direito, e não fazer diferença para si o que sai na mídia, o ministro Marco Aurélio respondeu: “Dependendo do que sai, pra mim faz. Porque como servidor do meu semelhante, eu devo contas aos contribuintes.”
Mais como cidadã, do que como contribuinte, temo acreditar que um ministro do Supremo possa estar declarando que suas decisões devem estar condicionadas às opiniões veiculadas pela mídia, sob o argumento de que essa seria expressão da opinião pública.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ASSOCIAÇÃO DE MÉDICOS MAÇONS - AMEM


Segue a programação do IVº Encontro Presencial  AMEM
 
Data 19/Outubro/2013
           
09:00hs às 09:30hs: Recepção
 
Atividades/Cunhadas
 
09:30 às 10:25 – Palestra: “O Câncer de Mama” – Dra. Priscila Vilela
10:25 às 10:40 - Intervalo
10:40 às 11:30 – Palestra: “Luvas – Significado Simbólico e Espiritual” – Ir.’. Franklin Ribeiro
 
Atividades/Associados
 
09:30 às 11:30 – Reunião Administrativa – AMEM
11:30 às 13:00: Almoço de Confraternização.
13:00hs às 14:50: Mesa de Debates 
Tema: “O Médico Maçom e seu papel na Sociedade” – Palavra aos Debatedores (vide anexos)
14:50 às 15:00 – Coff Breack              
15:00 às 16:50 – Mesa de Debates - Discussão
 
Traje: Esporte simples
 
Local: Mercure São Paulo Central Towers - Rua Maestro Cardim, nº 407 – Paraíso -  São Paulo - SP
 
Data: 19/Outubro/2013
 
O estacionamento terá tarifa especial diferenciada, para 12 hs – Necessário solicitar selo de Evento no local para desfrutá-la.
 
Com relação à hospedagem, caso haja interesse, basta entrar em contato com a Nicole pelo e-mail: h3626-re@accor.com.br
ou
Tel : +55(11) 2853-7091    Fax: +55(11) 2853-7090
 
Identifique-se como associado – AMEM

NÓS SOMOS O QUE PENSAMOS

Cada indivíduo é a soma de todas as suas aquisições pessoais ao longo do tempo, e esses traços característicos de sua personalidade repercutem vibracionalmente, formando sua psicosfera pessoal.

André Luiz afirma: "O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. Deixamos vestígios espirituais onde arremessamos os raios de nossa mente, assim como o animal deixa no próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se, por esse motivo, facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão".

O mentor espiritual Camilo, no livro Educação e Vivências, acrescenta: "Não são poucos os casos em que as almas que desenvolveram atitudes de Dom-juanismo em vidas pretéritas, tendo causado danos a si mesmas e a terceiros, ou pessoas que exageraram no campo das energias sexuais - promovendo escândalos morais de destaque ou não - reencarnem trazendo seu odor libidinoso, sua aura assinalada por fortes elementos atraentes de outras criaturas de idêntica inclinação moral, capazes de sofrer, na atualidade, as investidas para as quais têm o campo energético predisposto. Não é por outra razão que temos as situações de assédio ou agressões sexuais que, embora tenham largo espectro de justificativas da formal psicologia, têm por base as vivências malsinadas do pretérito".

Esse "rastro" que deixamos é o pensamento cristalizado no que o espiritismo chama de éter, formando imagens fluídicas, e a reunião de imagens semelhantes acaba formando uma egrégora. Um sensitivo pode entrar em lugares e ver, ou sentir (com maior ou menor precisão, dependendo do grau de sensibilidade ou clarividência do mesmo) o que se passou no ambiente (em certos lugares, como presídios, nem precisa ser sensitivo pra se sentir mal).

Um exemplo prático, só pra descontrair: Certa vez fui me dirigir a Oráculo e, sabedor de que ela pode, por vezes, captar pensamentos, pensei em um bocado de perguntas mirabolantes pra, quem sabe, botar no blog. Mas ela, com sua simplicidade habitual, me desconcertou com a resposta "Não se preocupe. Seu futuro quarto vai ser tão grande quanto o atual". Fiquei entre surpreso e indignado. Não era isso que eu queria ouvir, nem o que eu estava pensando! Pensei então "Ela deve ter chutado qualquer coisa pra me dizer. Isso é a última coisa com que eu ia me preocupar!"

Já mencionei aqui que eu tenho uma PÉSSIMA memória, então, quase 1 hora depois, me vêm a lembrança de que, 4 dias antes, eu tinha passado pela frente do meu quarto e parei, por 1 minuto, pra pensar se caberia todas as minhas coisas num hipotético quarto novo. Como eu realmente não ocupo muito minha cabeça com questões materiais, esqueci rapidamente, e não comentei isso com ninguém. Mas Oráculo captou, de passagem pela casa, e usou essa "frase boba" pra dizer, de forma sutil, que ela continua por perto, que eu deixe de ficar viajando em tantas coisas espirituais que não levam a lugar algum (estou tentando, estou tentando!) e que eu não me preocupasse com o futuro, e sim com o presente.

SAÚDE

No FORESPE (Fórum espírita de Pernambuco) o palestrante Divaldo Pereira Franco nos deu uma excelente dica de como manter uma vida saudável: cultivando bons pensamentos sempre! Ele falou "Nós somos o que pensamos". Nos lembra o "penso, logo existo" (Cogito, ergo sum) num sentido mais espiritual e menos cartesiano. E ainda disse o porquê: quando nossos pensamentos estão elevados, obviamente nos conectamos com as egrégoras superiores, e a captação de energia vital (que fazemos a toda hora, através dos chakras) se dá de forma mais pura. E o cérebro acaba produzindo, de forma sutilizada, fótons, que nada mais é que luz. Isso se dá porque, quanto maior a vibração (velocidade), mais a matéria se aproxima da luz (física elementar). Essa luz, que não está em nosso estado físico, (ou nossos órgãos internos brilhariam como o ET de Spielberg) se irradia pelo corpo, corrigindo distorções e fortalecendo as defesas do organismo. Ele comparou esse fenômeno a uma barra de ferro, com seus átomos bagunçados, dispostos em várias direções, que, ao passar nele uma corrente elétrica, alinha todos os seus átomos num único sentido.

Em contrapartida, o pensamento negativo, depressivo, além de atrair energias semelhantes, faz o cérebro produzir elétrons. Tais elétrons se espalham pelo corpo e desestabilizam o que já era eletricamente harmonioso por natureza. Hoje se sabe que o princípio do câncer está nos radicais livres, que são "sobras" de elétrons que se agregam a outras moléculas, tirando-as da sua carga elétrica normal. Isso provoca velhice precoce também. Diz-se que vitamina C é ótimo pra evitar radicais livres, mas o melhor mesmo é um estado mental saudável.

Isso não quer dizer que nos tornaremos Polianas, vendo beleza em tudo (muito embora deveríamos), mas sim vigiar nossos pensamentos todo o tempo, e evitar alimentar pensamentos negativos até como forma de auto-sobrevivência. O poder do pensamento explica o porque de nos livros espíritas encontrarmos almas moldadas em forma antropomórfica. Se uma pessoa sente culpa ou orgulho no fato de ser "esperto como uma raposa", ou "perigoso como uma cobra", ao longo do tempo o pensamento inconsciente imanta magneticamente as células do perispírito, que, por serem maleáveis, assumem qualquer forma que o pensamento queira. Essas acabam carregando este estigma na sua veste espiritual por muito tempo.

domingo, 15 de setembro de 2013

HISTÓRIA MAÇÔNICA COMPROVADA: BOCAGE E O Dr. MACACO

SONETO MAÇÔNICO
Manuel Maria Barbosa du Bocage
 
 
Conta-se que Bocage se iniciou numa Loja Maçônica*** de Lisboa cujo venerável era Bento Pereira do Carmo e orador José Joaquim Ferreira de Moura, deputados às Cortes de 1821 e 1823.

Assistiu durante algum tempo às reuniões da Loja, mas um dia entrou em ruptura com um irmão e em cólera escreveu este soneto que rasgou, mas alguém já tinha copiado, como aconteceu com muitos dos seus escritos.

O Doutor Macaco seria José Joaquim Ferreira de Moura que, na realidade, segundo contemporâneos, "tinha effectivamente uma physiognomia amacacada, e gaguejava algum tanto."
 
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Turba esfaimada, multidão canina,
Corja, que tem por deus ou Momo, ou Baccho,
Reina, e decreta nos covis de Caco
Ignorancia daqui, dalli rapina:

Colhe de alto systema e lei divina
Imaginario jus, com que encha o sacco;
Textos gagueja em vão Doutor macaco
Por ouro, que promette alma sovina:

Circulo umbroso de venaes pedantes,
Com torpe astucia de maligna zorra
Usurpa nome excelso, e graus flammantes:

Ora mijei na sucia, inda que eu morra
Corno, arrocho, bambu nos elephantes,
Cujo vulto é de anões, a tromba é porra!
 
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

REFLEXÕES DE UM PRISIONEIRO

 
 
Autor
Ir.'. Jorge Nagado
Estou preso há um ano, dois meses e doze dias.

Fui levado sem um mandado judicial, como diriam os advogados, mas ninguém interferiu em meu favor. Nem a Comissão dos Direitos Humanos...

Juro, por tudo quanto é sagrado: nunca agredi um semelhante, nunca roubei um centavo nem soneguei impostos, mesmo porque pertenço a uma das categorias imunes de tributação. Nunca magoei ninguém. Desonestidade, corrupção? Nem pensar!

Lembro-me de um dia em que estava eu, tranqüilo, no bosque em que costumava flanar, e por pouco não fui assassinado! Ouvi um barulho ensurdecedor, e vi que mataram um amigo meu que por ali também folgava.
 
Foi morto, também não sei por que, pois o sabiá-piranga era um boa-praça, cantor solitário, apaixonado.
 
Ah, sim, eu sou um passarinho. Ou, me identificando melhor, sou um canário-da-terra.
 
Pois é. Eu vivia tranqüilo, lá na mata, voando para lá e para cá, cantando e gozando da liberdade que Deus me deu. Desde pequeno aprendi a voar livre e a cantar.
 
Certa manhã, estava ali, fazendo coro com meus amigos, quando fui preso. Não sabia por que estava sendo preso mas, de repente, perplexo, me vi na prisão. Sozinho.
 
Lutei como pude, tentando a fuga: atirava-me contra aqueles rígidos fios de arame de aço que guarneciam a cela, agarrava-me a eles tentando passar o meu corpo entre as linhas paralelas que formavam, mas por ali sequer passava a minha cabeça.
 
Lutei desesperadamente por minha liberdade, lutei o quanto pude, até a exaustão. Até ver manchado de sangue o meu peito e sentir as minhas asas latejando de dor, de tanto nervosamente se debaterem e se chocarem contra aquelas barras de aço.
 
Tudo em vão.
 
Tentei recuperar a minha liberdade, novamente, quando iam me transferir para uma nova cela, com água fresca e boa comida todos os dias, e onde estou até hoje: fugia rápido de um canto para outro da estreita cela, tentando escapar daquela mão enorme e agourenta que me perseguia, mas não teve jeito…
 
É engraçado... aliás, é trágico!
 
Matutando aqui com as minhas penas, cheguei a uma conclusão: somos presos porque nosso cantar é mavioso.
 
Mas a prisão não é motivada pela inveja, pelo despeito. Somos presos porque os nossos donos admiram o nosso canto e querem ter-nos, até por vaidade sua.
 
Tratam-nos bem, dão-nos o melhor alpiste, a melhor ração, mas mantém-nos privados da liberdade, que eles mesmos dizem ser um direito sagrado... ora, bolas!
  
Penso eu: mesmo na prisão, da mesma forma continuamos a cantar. A natureza nos fez assim. Dizia até uma antiga canção folclórica dos homens que “ furaro os zóio do assum-preto, para assum-preto cantá mió; furaro os zóio do assum-preto, para assum-preto cantá di dô ”. Se não era isso, era quase isso que dizia, ou diz.
 
Terrível!
 
Vocês já viram, ou ouviram, perversidade maior?
 
Pois é. Já nem ressinto a revolta pela qual passei quando me prenderam; não ressinto as asas doloridas ou o sangue tingindo-me o peito de escarlate, na minha desesperada tentativa de fuga.
 
Eu canto, mas tenho saudades da mata onde nasci e onde eu cantava e voava em liberdade. Tenho saudades da mata onde, atendendo aos desígnios da natureza, com o meu canto seduzia as fêmeas para um romance fugaz, realizando o milagre da preservação da espécie!
 
Estou preso. Acredito que condenado à prisão perpétua. Até a morte.
 
Por certo acabarei numa fétida lata de lixo, envolto num saco plástico de supermercado. Ou, quem sabe, pela ternura de uma criança, numa cova rasa de jardim. Ou num funeral inglório nas entranhas gosmentas de um gato sem-teto...
 
Mas, um dia, quem sabe, uma Declaração Universal dos Direitos dos Passarinhos dirá:

“Todos os passarinhos nascem livres... Todo passarinho tem direito à vida e à liberdade... Nenhum passarinho será mantido em escravidão... Nenhum passarinho será arbitrariamente preso...”.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

JUNG: PÃ ESTÁ MORTO.



Colagem seletiva dos textos de duas palestras de Carl Gustav Jung, em 1934-35, sobre o inconsciente e sua relação com a espiritualidade:

Não sou um teólogo; sou um médico e um psicólogo. Mas, como médico, tenho tido experiências com milhares de pessoas de todas as partes do mundo. Estudei cuidadosamente a psicologia delas, a qual é e deve ser o meu guia. De minha experiência com esses milhares de pacientes, convenci-me de que o problema psicológico de hoje é um problema espiritual, um problema religioso.

O homem de hoje está faminto e sedento de uma relação segura com as forças psíquicas dentro de si mesmo. Sua consciência, recuando em face das dificuldades do mundo moderno, carece de um relacionamento com condições espirituais seguras. Isso o fará neurótico, doente, assustado. A ciência disse-lhe que não existe Deus, que tudo o que existe é matéria. Isso privou a humanidade de sua floração plena, de sua sensação de bem-estar e de segurança num mundo confiável.
Na medida em que o homem moderno é compelido a voltar-se para si mesmo, tomado de dúvida e medo, ele olha para a sua própria vida psíquica, a fim de que lhe dê algo de que sua vida exterior o privou. Em virtude do atual interesse generalizado por toda a espécie de fenômenos psíquicos — um interesse como o mundo não conhecia desde a segunda metade do século XVII — não parece fora do alcance da possibilidade acreditar que estejamos no limiar de uma nova época espiritual; e que, das profundezas da própria vida psíquica do homem, nascerão novas formas espirituais.

Olhamos o mundo à nossa volta, e que vemos? A desintegração de muitas religiões. É geralmente admitido que as igrejas não estão dominando as pessoas como outrora, especialmente as pessoas educadas, que não sentem mais serem redimidas por qualquer sistema de teologia. O mesmo se vê nas antigas religiões institucionais do Oriente: o confucionismo e o budismo. Metade dos templos de Pequim estão vazios. Em nosso mundo ocidental, milhões de pessoas não vão à igreja. Só o protestantismo se desmembrou em quatrocentas seitas religiosas.

Contraste-se esse estado de vida e pensamento com o da Idade Média. Nesses séculos, quase toda a gente ia à missa todas as manhãs. A vida toda era vivida dentro da igreja ou à sua sombra, o que se converteu numa tremenda saída de energia psíquica. Em vez disso, temos hoje uma vida intricada e complexa, cheia de dispositivos mecânicos para a existência. Uma vida coroada de automóveis, rádios e filmes. Mas nenhuma dessas coisas é um substituto para o que perdemos. A religião dá-nos uma rica aplicação para os nossos sentimentos e emoções. Propicia significado à vida. O homem, na Idade Média, vivia num mundo significativo. Sabia que Deus tinha feito o mundo com um propósito definido; tinha-o feito a ele com um propósito definido: ganhar o céu ou o inferno. Isso fazia sentido. Hoje, o mundo em que todos nós vivemos é um manicômio. Isto é o que muita gente está sentindo. Algumas pessoas procuram-me para me dizer isso. Toda aquela energia que estava na origem do rico florescimento da vida emocional do homem durante a Idade Média, e que encontrou expressão na pintura dos grandes quadros religiosos, na escultura das grandes estátuas religiosas, na construção das grandes catedrais, apagou-se na insipidez e no tédio. Não se perdeu, porque é uma lei que a energia não pode perder-se.

Então em que se converteu? Para onde foi? A resposta é que está no inconsciente do homem. Pode-se dizer que desceu para um andar inferior.

A ativação do inconsciente é um fenômeno peculiar dos nossos dias. Durante toda a Idade Média, a psicologia das pessoas era inteiramente diferente do que é hoje; elas não tinham a percepção de qualquer coisa fora da consciência. Antigamente, os homens nem mesmo sentiam que tivessem uma psicologia, como nós agora. O inconsciente era contido e mantinha-se dormente na teologia cristã. A visão de mundo resultante era universal, absolutamente uniforme — sem espaço para a dúvida. O homem tinha começado num ponto definido, com a Criação; todos sabiam tudo a respeito disso. Mas hoje, os conteúdos arquetípicos - de que antigamente as explicações da Igreja cuidavam de um modo mais ou menos satisfatório - soltaram-se de suas projeções e estão perturbando as pessoas modernas. Perguntas sobre para onde vamos e por que são feitas de todos os lados. A energia psíquica associada a esses conteúdos está sendo mais estimulada do que nunca; não podemos permanecer alheios a isso. Camadas inteiras da psique estão vindo à luz pela primeira vez. Por isso é que temos uma tão grande exuberância de "ismos". Grande parte dessa energia é canalizada para a ciência, por certo; mas a ciência é nova, sua tradição é recente e não satisfaz as necessidades arquetípicas. A atual situação psicológica não tem precedentes; do ponto de vista de toda a experiência prévia, ela é anormal.

O homem civilizado, em seus sonhos, revela a sua necessidade espiritual. Quando a ciência moderna desinfetou o céu, não encontrou Deus. Alguns cientistas dizem que a ressurreição de Jesus, o nascimento no ventre de uma virgem, os milagres — todas essas coisas que alimentaram o pensamento cristão ao longo das eras, são belas histórias, mas inverídicas. Mas eu digo: Não esqueçam o fato de que essas idéias que milhões de homens alimentaram de gerações em gerações são grandes e eternas verdades psicológicas.
Examinemos essa verdade, tal como um psicólogo a vê. Aqui temos a mente do homem, sem preconceitos, imaculada, incorrupta, pura, simbolizada por uma virgem. E essa mente virginal do homem pode dar nascimento ao próprio Deus. "O reino do céu está dentro de vós". Isto é uma grande verdade psicológica. O cristianismo é um belo sistema de psicoterapia. Cura o sofrimento da alma.

Mesmo depois que a consciência dele escutou por demasiado tempo à porta da moderna ciência materialista, o homem continuou apegado a essa verdade em seu inconsciente. Os antigos símbolos são hoje bons. Ajustam-se às nossas mentes tão bem quanto se ajustavam às mentes que os conceberam. Bem no fundo do inconsciente de cada um de nós estão todas as tentativas do Grande Ancião para expressar suas experiências espirituais.

Suponha-se que lhe peço para ficar em minha casa. Digo-lhe que ela foi bem construída, que é confortável; que a nossa vida é agradável; que você terá boa comida. Poderá nadar no lago e passear no jardim. Com essas convicções em mente, você decide vir hospedar-se e desfrutar de sua estada. Mas suponha-se que, quando o convido, lhe digo: "Esta casa não é lá muito segura. Os alicerces não são de confiança. Tivemos muitos tremores de terra nesta região e creio que eles ficaram abalados. Além disso, tivemos aqui doença. Alguém morreu recentemente de tuberculose neste quarto". Em tais condições e com essas idéias em mente, você sentiria prazer em estar nessa casa?
Aquele homem medieval de que falei tinha uma bela relação com Deus. Vivia num mundo seguro, ou que ele acreditava ser seguro. Deus olhava por todos; premiava os bons e punia os maus. Havia a igreja, onde o homem podia sempre obter perdão e graça. Tinha apenas de entrar nela para receber uma coisa e outra. Suas orações e preces eram ouvidas. Era espiritualmente amparado.

Mas o que é dito ao homem moderno? A ciência disse-lhe que não existe ninguém para cuidar dele. E, assim, ele vive cheio de medo.

Durante algum tempo, depois que renunciamos ao Deus medieval, tivemos o ouro por divindade. Mas, agora, também ele foi declarado incompetente. Confiamos em exércitos, mas ameaça de gases venenosos derrotou-os. As pessoas já falam sobre a próxima guerra. Num mundo assim é muito natural que todos fiquem neuróticos. Mesmo que a casa onde vivemos seja realmente segura, se você tiver a idéia de que não é, você sofrerá. Sua reação depende inteiramente do que você pensa.

O mais tremendo perigo que o homem tem que enfrentar é o poder de suas idéias. Nenhum poder cósmico da terra destruiu dez milhões de homens em quatro anos. Mas a psique humana fez isso (na guerra de 1914-18). E pode voltar a fazê-lo. Só tenho medo de uma coisa: os pensamentos de pessoas. Tenho meios de defesa contra as outras coisas.
Vivo aqui em minha casa, feliz com minha família. Mas suponhamos que ela adquire a ilusão de que eu sou um demônio em pessoa. Poderei ser feliz com ela, nesse caso? Poderei estar seguro? Todos nós estamos sujeitos a contaminações coletivas.

Voltem o olho da consciência para dentro, a fim de ver o que aí existe. Vejamos o que se pode fazer em pequena escala. Se eu plantei corretamente uma couve, então servi o mundo nesse exato lugar. Não sei que mais posso fazer.
Examinem os espíritos que falam em vocês. Tornem-se críticos. O homem moderno deve estar plenamente cônscio dos terríveis perigos que residem nos movimentos de massa. Escutem o que o inconsciente diz. Prestem atenção à voz desse Grande Ancião dentro de vocês, que viveu tanto tempo, viu e experimentou tanto. Tentem compreender a vontade de Deus: a extraordinariamente potente força da psique.

Eu digo: Devagar. Devagar. Com cada bem chega um mal correspondente, e a cada mal corresponde um bem. Não corram depressa demais ao encontro de um, a menos que estejam preparados para encontrar o outro.

Não estou preocupado a respeito do mundo. Estou preocupado a respeito das pessoas com quem vivo. O outro mundo está todo nos jornais. Minha família e meus vizinhos são a minha vida — a única vida que posso experimentar. O que fica para além é mitologia jornalística. Não é de imensa importância que eu faça uma carreira ou realize grandes coisas para mim mesmo. O que é importante e significativo para a minha vida é que viva o mais plenamente possível para cumprir a vontade divina dentro de mim.
Essa tarefa dá-me tanto que fazer que não tenho tempo para qualquer outra. Deixem-me sublinhar que, se todos vivêssemos desse modo, não precisaríamos de exércitos, nem de polícia, nem de diplomacia, bancos e políticos. Teríamos uma vida cheia de significação e não aquilo que temos hoje: loucura.

O que a natureza pede da macieira é que produza maçãs, da pereira que produza peras. A natureza quer que eu seja simplesmente homem. Mas um homem consciente do que sou e do que estou fazendo. Deus dirige-se à consciência no homem. É essa a verdade do nascimento e ressurreição de Cristo dentro de nós. Quanto maior é o número de pensadores que se apercebem disso, mais perto estamos do renascimento espiritual do mundo. Cristo, o Logos — que quer dizer a mente, a compreensão, o brilho que rasga a escuridão. Cristo foi uma nova verdade acerca do homem.

A latência é, provavelmente, a melhor condição para o inconsciente. Mas a vida saiu das igrejas e nunca mais voltará a elas. Os deuses não se reinstalarão em domicílios que abandonaram uma vez. A mesma coisa aconteceu antes, na época dos Césares romanos, quando o paganismo estava agonizante. De acordo com a lenda, o capitão de uma embarcação que passava entre duas ilhas gregas ouviu um grande som de lamentação e uma voz gritando: Pan ho megas tethneken, o Grande Pã está morto. Quando esse homem chegou a Roma solicitou uma audiência com o imperador, tão importante era a notícia. Originalmente, Pã era um espírito secundário da natureza, principalmente ocupado em apoquentar os pastores; mas, depois, quando os romanos se envolveram mais com a cultura grega, Pã foi confundido com to pan, que significa "o Todo". Passou então a ser o Demiurgo, o anima mundi. Assim, os numerosos deuses do paganismo foram concentrados em um Deus. Então veio a mensagem, "Pã está morto". O Grande Pã, que é Deus, está morto. Somente o homem permanece vivo. Depois, o Deus uno transformou-se em homem, e esse foi o Cristo; um homem para todos os homens. Mas agora também esse partiu, agora cada homem tem que conter Deus em si. A descida do espírito na matéria está completa.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ELEIÇÕES LIMPAS - VC MAÇOM: CONHEÇA O PROJETO

 
Semana da Pátria - Projeto Eleições Limpas
 
 
Conforme previsto no artigo 231 do RGF:
 
“Em todas as Lojas do Grande Oriente do Brasil é obrigatória a realização de uma Sessão Magna, interna ou pública, na Semana da Pátria, em homenagem à Proclamação da Independência”.
 
GOB:
Sugerimos as Lojas Jurisdicionadas a apresentação nas Sessões Públicas o Audiovisual do Projeto "Eleições Limpas".
 
Clique aqui e conheça o Projeto.

ASSISTA OS VÍDEOS E SAIBA COMO PARTICIPAR:

07 DE SETEMBRO

Independência, Revolução e Maçons
 
 
No ano de 1821, funcionava no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres ligados à corte, como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros.
 
É importante ressaltar que na metrópole, nas lojas “Comércio e Artes”, “Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade”, nenhuma pessoa era iniciada, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil. Ademais, todo neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.

ACESSE A PRIMEIRA PÁGINA DE JORNAIS DO MUNDO TODO

Post do Ir.'.
Antônio Carlos Negro
Caros IIr.'.,
 
Encontrei o link abaixo e achei bem curioso, por isso compartilho...
 
É possível acessar a primeira página de jornais de todos os continentes.
 
Selecione o continente, o local específico e... acesse a 1ª página do jornal escolhido.
 
Cada bolinha laranja corresponde a um jornal local, atualizado diariamente.

Ao posicionar o mouse sobre a bolinha, aparece em miniatura e, clicando 2 vezes, em tamanho maior.
 
Uma viagem pelo mundo em notícias de destaque.
 
CLIQUE NA FIGURA PARA CONHECER
 
 
TFA
 
Ir.'. Antonio Negro