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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Todos Juntos !!!!


Acho que já contei aqui a história, mas a ocasião me permite repeti-la. Eu tinha 18 anos e estava em minha primeira aula de filosofia, na USP. O professor, Renato Janine Ribeiro, nos explicava que no fim do semestre seríamos avaliados por um trabalho individual, cujo limite deveria ser de 8.000 caracteres. Levantei a mão: "Se estourar um pouquinho esse limite, tudo bem, né?". Janine sorriu e disse algo mais ou menos assim: "O que é 'limite'? É aquilo que não se pode transpor. Mas vejam como são as coisas no Brasil: entre nós, o limite não limita! Repito: o limite é de 8.000 caracteres".
Peço perdão ao filósofo se as palavras não foram exatamente essas. Assim, porém, é que ficaram gravadas na minha memória e é assim que me voltam, quase todo dia, quando me deparo com a nossa ilimitada necessidade de burlar a lei.
Há uma altura máxima para prédios na rota do aeroporto, mas o empreiteiro constrói um "puxadinho", alguns metros acima. A construtora precisa botar de tantos em tantos metros, sob o concreto da rodovia, umas ripas de metal, mas economiza dinheiro aumentando a distância entre elas. Quantas pessoas que compraram a carta de motorista você conhece? Que têm gato de TV a cabo? Que já subornaram um guarda de trânsito para não ser multado? O avião vai decolar, o comissário de bordo pede para desligarem os celulares, mas o sujeito o ignora solenemente. O avião pousa, o comissário pede aos passageiros para que aguardem sentados até o "apagar do aviso luminoso de atar cintos", mas todo mundo levanta. Não um, não dois: todo mundo --como se respeitar aquele simples sinal luminoso equivalesse a ter a palavra otário escrita na testa.
Um sinal luminoso também piscou na cabine do Fokker 100 da TAM, que taxiava na pista de Congonhas na manhã de 31 de outubro de 1996, alertando sobre um problema no reverso da turbina. O piloto o desligou. O luminoso piscou novamente, novamente foi desligado. Segundo o depoimento de outro piloto, dias mais tarde, esse era o costume: se fossem dar atenção a todo alarme que soava na cabine, nenhuma aeronave saía do chão. Às vezes, ao que parece, alarmes soam à toa. Às vezes, não: 24 segundos depois de decolar, o avião caiu, matando 99 pessoas.
Eu estava saindo para a USP, naquela manhã, quando o telefone tocou. Uma amiga do meu pai queria saber se era verdade que meu tio Duda, irmão da minha mãe e meu padrinho, estava entre os passageiros. Liguei a televisão. Vi a lista. Era verdade.
Nas próximas semanas, o Brasil concentrará suas energias em encontrar os culpados pela tragédia de Santa Maria. É fundamental, se houver culpados (como parece ser o caso), que eles sejam punidos. É fundamental que as casas de show passem por reavaliações, como já estão passando. Mas se não mudarmos a nossa mentalidade, se não entendermos que as leis são universais, que há procedimentos que precisam ser executados conforme as regras, sem jeitinho, sem gambiarra, em TODAS as esferas, por TODAS as pessoas, as tragédias continuarão acontecendo --e a morte é um limite que nós, brasileiros, por mais espertos que nos julguemos, não somos capazes de transgredir.
antonioprata.folha@uol.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SERMÃO DO BOM LADRÃO, de Pe. ANTONIO VIEIRA

O Sermão do Bom Ladrão, foi escrito em 1655, pelo Padre Antônio Vieira. Ele proferiu este sermão na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), perante D. João IV e sua corte. Lá também estavam os maiores dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros.
 


Observa-se que em num lance profético que mostra o seu profundo entendimento sobre os problemas do Brasil – ele ataca e critica aqueles que se valiam da máquina pública para enriquecer ilicitamente. Denuncia escândalos no governo, riquezas ilícitas, venalidades de gestões fraudulentas e, indignado, a desproporcionalidade das punições, com a exceção óbvia dos mandatários do século 17.
 
Vieira usou o púlpito como arauto das aspirações públicas, à guisa de uma imprensa ou de uma tribuna política. Embora estivesse na Igreja da Misericórdia, disse ser a Capela Real e não aquela Igreja o local que mais se ajustava a seu discurso, porque iria falar de assuntos pertinentes à sua Majestade e não à piedade.

O padre adverte aos reis quanto ao pecado da corrupção passiva/ativa, pela cumplicidade do silêncio permissivo. O sermão apresenta uma visão crítica sobre o comportamento imoral da nobreza, da época.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

BRASIL EM LUTO

28 de janeiro - Bandeira Nacional é erguida a meio mastro em frente ao Palácio do Planalto, em homenagem às vítimas do incêndio em Santa Maria (RS) (Foto: Pedro Ladeira/AFP) 
Bandeira Nacional é erguida a meio mastro em frente ao Palácio do Planalto, em homenagem às vítimas do incêndio em Santa Maria (RS) (Foto: Pedro Ladeira/AFP)

O decreto de luto oficial de três dias em todo o país devido às 231 mortes ocorridas no incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), foi publicado na edição do "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (28). O decreto entrou em vigor na data de sua publicação, nesta segunda-feira.
Durante o período de luto, a bandeira nacional deve ser hasteada a meio mastro em todas as repartições públicas, estabelecimentos de ensino e sindicatos.

UÁI...

 
Por: Atushi Nishikawa

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE SÃO PAULO


Eu sou cidadão paulistano: CBN São Paulo especial no aniversário da cidade


Dia 25 de janeiro, sexta-feira, às 9h30, no Pateo do Collegio. A entrada é franca.
 

Transformar São Paulo em um lugar melhor já deixou de ser um sonho. É uma construção em andamento. Milhares de paulistanos atuam dia a dia para mudar essa cidade. Ações individuais, coletivas, virtuais vão ganhando corpo. São Paulo não é mais apenas a cidade fria dos prédios e dos carros. Bicicletas, pedestres, skates, artistas de rua, eventos ao ar livre, grafites, hortas urbanas, feiras orgânicas vão colorindo o cinza. Ainda falta muito, mas a transformação já começou. E se ainda não começou, pode ser iniciada agora.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Você é RESILIENTE ????


"Ser otimista, conseguir controlar os impulsos e saber dosar as emoções são atitudes que indicam maior capacidade para superar adversidades e seguir em frente."

Pessoas resilientes possuem capacidade acentuada de se recuperar e seguir em frente diante de adversidades
O exemplo do compositor alemão Beethoven, que criou a Nona Sinfonia quando já estava surdo e bastante debilitado, talvez seja o mais simbólico quando se fala em resiliência – que nada mais é do que uma capacidade acentuada de se recuperar e seguir em frente diante de adversidades. Pessoas resilientes são como um elástico: depois de esticado, ele consegue voltar ao seu formato original.
“Esses indivíduos, ao invés de sucumbirem ao sofrimento, renascem, saem com ganhos, com mais força ainda”, explica a psicóloga Ceres Alves de Araujo, co-autora do livro “Resiliência: Teoria e Práticas de Pesquisa em Psicologia” (Ithaka, 2011) e coordenadora do grupo de Resiliência da Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mas por que existem pessoas que conseguem enfrentar melhor as adversidades e ainda saem mais fortalecidas dessas experiências? Apesar de todos nascerem dotados com a capacidade de resiliência, a experiência de vida e, principalmente, o modelo de educação na infância influenciam bastante. “Tudo vai depender de como a pessoa foi criada, de como ela desenvolveu seus recursos internos emocionais, se, desde pequena, aprendeu a enfrentar frustrações e a batalhar pelas coisas”, explica a psicóloga Marina Vasconcellos, terapeuta de adultos e casais.
Daí a importância de os pais não superprotegerem os filhos . Na intenção de que não passem por sofrimentos, podem gerar adultos frágeis que não conseguem lidar com obstáculos. “Um ambiente ‘cor-de-rosa’ é a pior coisa para uma criança. É importante que ela, desde cedo, possa exercer a resiliência e enfrentar situações estressantes que a vida traz para todo mundo”, aconselha Ceres.


Rejeitado

Foi assim com o médico anestesista Alexis Gentil, de 31 anos, que aprendeu a ser resiliente desde a infância. Aos seis anos, enfrentou a primeira grande adversidade ao ser deixado pela mãe, doente e sem trabalho, sob os cuidados – e a contragosto – do pai e da madrasta. Rejeitado, foi morar com os irmãos em um bairro pobre de Brasília. Aos 16 anos, Gentil se viu no papel de pai adolescente. Mesmo com discussões em família e dificuldades financeiras, continuou firme nos estudos e com o sonho de cursar medicina.
Apesar dos inúmeros obstáculos, Gentil conta que nunca desanimou e, em nenhum momento, sentiu-se vítima da situação. Sempre com bom humor e otimismo, seguiu em frente na busca de seus objetivos, sem desanimar. “Aos olhos dos parentes mais próximos e da sociedade, eu e meus irmãos éramos coitados. Tínhamos muitos motivos para nos revoltarmos ou nos marginalizarmos. Isso não aconteceu. Simplesmente seguimos a vida”, diz ele, que hoje é casado e pai novamente.
O otimismo do médico é uma das características mais marcantes nas pessoas resilientes. Ao invés de reclamarem, superam a situação adversa com certa facilidade e ainda conseguem ver o lado bom do acontecimento. “O resiliente aprende com o sofrimento e vai cicatrizando as feridas, sempre tirando uma lição positiva”, explica a psicóloga Marina.
Impulsos
Além do otimismo, os resilientes também têm maior capacidade de controlar os impulsos e regular as emoções. Por isso, dificilmente alguém verá uma cena em que ele terá um comportamento explosivo ou discussões mais fervorosas. Também são comumente dotados de persistência, disciplina, generosidade, capacidade amorosa, disponibilidade para o novo e capacidade de adaptação.
De acordo com Ceres de Araujo, as pessoas dotadas de resiliência possuem uma visão macro do problema, conseguem identificar claramente a sua própria responsabilidade na situação e, se necessário, são capazes de modificar o comportamento para que aquilo não ocorra de novo. 
Enviado pelo Ir.'. Salvador Gallotta

sábado, 19 de janeiro de 2013

FIM DAS FÉRIAS MAÇÔNICAS DIA 21/01/2013 - Artigo 135 Constituição GOB

A suspensão temporária das atividades Templárias, é uma prática decidida pelas potências maçônicas brasileiras. Todas as Lojas no Brasil, na forma dos Regimentos Gerais dos seus órgãos supremos jurisdicionais, festejam solenemente as datas maçônicas e dão férias aos seus filiados, em períodos de diferentes, quase sempre no Solstício de Verão, no nosso caso referimo-nos ao artigo 135 da Constituição do Grande Oriente do Brasil. Mas, é importante o conhecimento das diferentes vertentes do pensamento doutrinário para o alicerce de nossas convicções. Nesse sentido...
 
 ... assim pensava o festejado José Castellani*...:
 
AS INCRÍVEIS "FÉRIAS MAÇÔNICAS"
--- Ir.'. José Castellani* ---

"Férias maçônicas" é uma invenção brasileira deste século e que vem sendo cada vez mais "esticada", para satisfação daqueles que creem que trabalho maçônico é estafante. No Grande Oriente do Brasil temos, ultimamente, o alentado período de 30 dias --- 20 de dezembro a 20 de janeiro --- para que "cansados" maçons repousem de seu pesado trabalho ... simbólico de operário. Isso, todavia, nem sempre aconteceu.
 
Consultando antigos livros de atas, pode-se constatar que as Lojas não paravam seus trabalhos nem no Natal, ou na passagem de ano. Tomemos, para exemplo, alguns casos:
  • 1. Na Loja Amizade, de São Paulo, dois padres (padres, vejam bem!), Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade e José Joaquim dos Quadros Leite, foram iniciados a 25 de dezembro de 1832; e no dia 30 de dezembro, foi iniciado o padre José Joaquim Rodrigues. E o templo da Loja, à rua Tabatinguera, foi inaugurado num dia 3 de janeiro (de 1873).
  • 2. Na Loja Piratininga, de São Paulo, a 23 de dezembro de 1912, era aprovada a proposta de que se alugasse o novo prédio da Loja, à rua Líbero Badaró, à firma Luiz Osório e Cia., por quatro contos de réis mensais, com contrato por cinco anos. A 8 de janeiro de 1890, era aprovado, em sessão econômica, um voto de congratulações pela escolha do marechal Deodoro da Fonseca para o Grão-Mestrado do Grande Oriente do Brasil.
  • 3. A Loja Fé e Perseverança, de Jaboticabal, promoveu a sua sessão de regularização a 5 de janeiro de 1890.
  • 4. A Loja Monte Líbano, de São Paulo, realizava uma sessão magna para iniciação de Júlio dos Santos Martins, português, agente comercial, a 31 de dezembro de 1914.
  • 5. A Loja União Paulista, de São Paulo, iniciava, a 7 de janeiro de 1924, o negociante italiano Francisco Maurano. A mesma Loja, a 27 de dezembro de 1928, iniciava o comerciante italiano Carlos Castellani.
  • 6. A Loja Fraternidade, de Santos --- que, em 1915, fez fusão com as Lojas Renascença II e Cinco de Abril, formando a Fraternidade de Santos --- em sessão de 31 de dezembro de 1955, resolvia que, na procissão em louvor a São Benedito, a Loja se faria representar com a imagem de S. João, a ela pertencente, a qual seria transportada e acompanhada pelos obreiros do quadro.
A partir do final do século passado, algumas Lojas começaram a fazer um pequeno hiato em seus trabalhos, da véspera de Natal até ao dia de Reis, a 6 de janeiro. Posteriormente, porem, iria haver um aumento, em uma Obediência --- que iria se estender às demais e até ser esticado --- de forma pitoresca: A 25 de janeiro de 1955 --- último dia dos festejos do 4º Centenário da cidade de São Paulo --- era inaugurado o Edifício-Sede do Grande Oriente de São Paulo, à rua São Joaquim, cuja construção fora iniciado em 1948. Para os padrões da época, o prédio era opulento: 2.320 (dois mil trezentos e vinte) metros quadrados de construção; quatro templos para trabalho de 24 Lojas e mais um templo nobre; um sub-solo e mais três andares, servidos por elevador Atlas; templos aerificados, através de um sistema de insuflação de ar fresco, produzido por ventiladores centrífugos de baixa pressão e rotação com motores elétricos de 5 a 10 HP, para expulsar o ar viciado e quente, que era aspirado para o exterior através de ventiladores bi-helicoidais, com funcionamento automático; abastecimento de água através de dois reservatórios de concreto, um no sub-solo, com capacidade para 10.000 litros e outro no último andar, com capacidade para 4.000 litros; dez instalações sanitárias completas; oito Câmaras de Reflexão, com dispositivo para se ver, de fora, o que se passa dentro, sem que, do interior, se perceba.
 
Evidentemente, um prédio tão grande e complexo é de difícil manutenção; e essa dificuldade é agravada pelo grande número de pessoas que por ali circulam e que ajudam a deteriorar a construção. E foi isso que aconteceu, em pouco tempo, pois, menos de três anos depois de sua inauguração, o edifício já necessitava de reparos. Diante disso, o Grão-Mestre Benedito Pinheiro Machado Tolosa, professor de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de S. Paulo, emitia, a 9 de dezembro de 1957, o Ato No. 146, estendendo as férias maçônicas --- que, então, iam de 24 de dezembro a 6 de janeiro --- até ao dia 18 de janeiro, diante da necessidade de se proceder a reparos, limpeza geral e pintura parcial do Edifício-Sede. Nos dois anos seguintes, pelo mesmo motivo, elas foram estendidas até ao dia 20.
 
E a coisa acabou, rapidamente, se tornando "tradicional", mesmo que os motivos tenham sido esquecidos e mesmo que nem se pense em reparos e pinturas, chegando, mesmo, até às Constituições do Grande Oriente do Brasil, as quais, antigamente, eram omissas, não fazendo qualquer alusão a férias. Acabou, alem disso, chegando a outras Obediências, que, até, talvez adorando a idéia, esticaram mais ainda as tais "férias", dando, inclusive, um "extra" no mês de julho, como se os maçons fossem aluninhos de escolas infanto-juvenis, com direito a férias de verão e férias de inverno. Os maus exemplos, geralmente, frutificam; ou seja: passarinho que anda com morcego acaba dormindo de cabeça para baixo.
E, até hoje, não apareceu ninguém para extirpar essa prática, que é esdrúxula, porque o trabalho maçônico é constante e ininterrupto, como o de outras entidades filosóficas, iniciáticas, assistenciais e de aperfeiçoamento do Homem (seria, realmente, cômico, se a Igreja, por exemplo, entrasse em férias). Coisas como essa é que desgastam a Maçonaria brasileira, reduzindo-a à condição de simples clube, ou sociedade recreativa, o que contribui para corroer a sua credibilidade pública.
 
Como, notoriamente, o uso do cachimbo faz a boca torta, será difícil acabar com essa invenção, pois as justificativas são muitas: Uns alegam que é preciso dar férias aos funcionários da Obediência e das Lojas, esquecendo-se de que qualquer empresa, ou sociedade, dá férias aos seus funcionários, sem fechar as suas portas. Outros, no exercício do mais profundo egocentrismo, justificam as tais férias (inclusive as de inverno), com a necessidade de aproveitar as férias escolares e viajar com a família, esquecendo-se --- intencionalmente, é claro --- de que, se os filhos têm três meses de férias escolares, qualquer trabalhador tem, no máximo, 30 dias, a não ser que seja um nababo miliardário, ou um desocupado crônico. Alem disso, muitos maçons, já maduros e sem filhos em idade escolar, gostariam de freqüentar os trabalhos maçônicos, constantemente, mas são tolhidos pela ditadura egoísta dos que acham que, se eles não podem freqüentar, os outros também não podem.
 
É o caso de recorrer à velha expressão: "Vai trabalhar, vagabundo", pelo menos, na Maçonaria, já que a indolência, hoje, é marca registrada nacional (basta ver os tais "feriados prolongados").

*José Castellani, (1937 - 21 de novembro 2007), foi médico oftalmologista, escritor, jornalista e historiador. Autor de uma extensa obra de livros maçônicos. Como médico foi fundador da Sociedade Paulista de Oftalmologia Preventiva entre outras associações. Como jornalista colaborou no jornal "O Tempo", de S. Paulo; jornal "Diário do Grande ABC", de Santo André - SP; jornal "O Estado de S. Paulo"; jornal "História e Fatos", da Academia Brasileira de História entre outros.
Participou de várias instituições culturais, entre elas Academia Brasileira de História, Sociedade Brasileira de Escritores Médicos, Associação Brasileira de Escritores Maçons, Academia Paulistana de História.
Foi iniciado na maçonaria em 09 de novembro de 1965 na Loja Comércio e Ciências em São Paulo, Grande Oriente de São Paulo. Tendo atingindo o 33º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Nas várias atividades exercidas obteve inúmeros prêmios e destaques, tendo deixado um legado cultural e importantes realizações para a sociedade.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

OLAVO DE CARVALHO

Olavo de Carvalho, nascido em Campinas, Estado de São Paulo, em 29 de abril de 1947, tem sido saudado pela crítica como um dos mais originais e audaciosos pensadores brasileiros. Homens de orientações intelectuais tão diferentes quanto Jorge Amado, Arnaldo Jabor, Ciro Gomes, Roberto Campos, J. O. de Meira Penna, Bruno Tolentino, Herberto Sales, Josué Montello e o ex-presidente da República José Sarney já expressaram sua admiração pela sua pessoa e pelo seu trabalho.
A tônica de sua obra é a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia "científica". Para Olavo de Carvalho, existe um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual, vínculo este que se perde de vista quando o critério de validade do saber é reduzido a um formulário impessoal e uniforme para uso da classe acadêmica. Acreditando que o mais sólido abrigo da consciência individual contra a alienação e a coisificação se encontra nas antigas tradições espirituais — taoísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo —, Olavo de Carvalho procura dar uma nova interpretação aos símbolos e ritos dessas tradições, fazendo deles as matrizes de uma estratégia filosófica e científica para a resolução de problemas da cultura atual. Um exemplo dessa estratégia é seu breve ensaioOs Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos , onde se utiliza do simbolismo dos tempos verbais nas línguas sacras (árabe, hebraico, sânscrito e grego) para refundamentar as distinções entre os gêneros literários. Outro exemplo é sua reinterpretação dos escritos lógicos de Aristóteles, onde descobre, entre a Poética, a Retórica, a Dialética e a Lógica, princípios comuns que subentendem uma ciência unificada do discurso na qual se encontram respostas a muitas questões atualíssimas de interdisciplinariedade ( Uma Filosofia Aristotélica da Cultura — Introdução à Teoria dos Quatro Discursos ). Na mesma linha está o ensaio Símbolos e Mitos no Filme "O Silêncio dos Inocentes" ("análise fascinante e — ouso dizer — definitiva", segundo afirma no prefácio o prof. José Carlos Monteiro, da Escola de Cinema da Universidade Federal do Rio de Janeiro) que aplica a uma disciplina tão moderna como a crítica de cinema os critérios da antiga hermenêutica simbólica. Sua obra publicada até o momento culmina em O Jardim das Aflições (1995), onde alguns símbolos primordiais como o Leviatã e o Beemoth bíblicos, a cruz, o khien e o khouen da tradição chinesa, etc., servem de moldes estruturais para uma filosofia da História, que, partindo de um evento aparentemente menor e tomando-o como ocasião para mostrar os elos entre o pequeno e o grande, vai se alargando em giros concêntricos até abarcar o horizonte inteiro da cultura Ocidental. A sutileza da construção faz de O Jardim das Aflições também uma obra de arte.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Saiba Mais Sobre: Personalidades - Grão Mestre Geral Adjunto

Da Maçonaria Operativa para a Especulativa, houve inúmeras transformações, até a chegada aos dias atuais.
Na estrutura como uma entidade representativa, reguladora e com personalidade jurídica, a Maçonaria conta com um papel de destaque muito importante: O Cargo de Grão Mestre Geral Adjunto.
O Grão Mestre Geral Adjunto é tido como o "braço direito" e substituto imediado do Grão Mestre Geral.
No GRANDE ORIENTE DO BRASIL - GOB, há o título 'Geral' antes do 'Adjunto', que não é utilizado no modelo das Grandes Lojas.
Entre suas atividades e funções está a de dirigir o Conselho Federal, órgão de grande prestígio perante a estrutura da Maçonaria.
Em caso de abdcação ao cargo, problemas de saúde e/ou saída espontânea do Grão Mestre Geral, é o Grão Mestre Geral Adjunto quem assume todos os cargos e responsabilidades enerentes.
 
20130104 1-5

domingo, 13 de janeiro de 2013

REALIDADE BRASILEIRA: O que não estamos enxergando

Por Anatoli Oliynik
 
 
O propósito deste artigo é mostrar que no campo político-social há dois brasis: O Brasil que vemos e o Brasil real que não enxergamos.
Vivenciamos uma dicotomia no Brasil. O Brasil que vemos, não representa a realidade politico-social que se apresenta no país. Estamos vendo somente a parte imersa de um Iceberg que está flutuando no oceano que nos parece calmoso e não estamos enxergando a realidade brasileira que está submersa. Vivemos uma espécie de torpor onde os nossos sentidos estão completamente desconectados da nossa consciência. Perdemos a capacidade de enxergar a realidade político-social brasileira. Não se pode esquecer que foi a parte submersa do iceberg – a realidade inconsciente do comandante – que afundou o Titanic naquele trágico acidente em 1912. Estamos em rota de colisão, com uma grande e trágica diferença: O comandante e a tripulação deste navio tem consciência dessa realidade, assim como tinham os dois anteriores. Não estamos sendo levados a uma colisão como produto da inconsciência, mas como parte de um projeto adrede planejado e conscientemente executado.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

HUMOR - Por que será que é mais fácil frequentar um bar do que uma academia?

Temos falado a respeito dos crimes que bêbados cometem ao volante. Somos nitidamente a favor das campanhas que visam "zerar" o teor de álcool no sangue dos "malucos" que bebem e saem dirigindo...
 
Quem sabe, ao invés de dirigir possam eles passar o tempo numa academia de ginástica. porque não? Seria uma excelente substituição da bebida pela saúde.
 
Estávamos quase sugerindo essa medida quando resolvemos fazer uma pesquisa de campo.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

'Manual' define quem é o motorista bêbado

 
O ESTADO DE S. PAULO - METRÓPOLE
 
Sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluço, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito. Uma atitude agressiva, arrogante, exaltada, irônica ou até dispersa. Dificuldade para andar, falar, saber onde está ou qual é a data do dia. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é a presença desses sinais que atesta a embriaguez do motorista sem exame de sangue e teste do bafômetro.
O "manual" do Contran para classificar motoristas como bêbados - na verdade, um guia de duas páginas para orientar o testemunho da embriaguez ao volante, anexo à Resolução 206 do órgão - existe desde 2006, mas não era usado. Isso porque a antiga lei seca estabeleceu os níveis de álcool permitidos no corpo - índices que só podem ser estabelecidos com bafômetro ou exame de sangue.
Com as mudanças na lei aprovadas no fim do ano, o testemunho da embriaguez voltou a ser aceito como prova e, para o Contran, a resolução antiga, nunca revogada, voltou a ter serventia. Agora, será usada por policiais para atestar a bebedeira em quem se recusa a fazer o exame.
O uso de regras antigas, entretanto, é criticado pelo advogado Maurício Januzzi, presidente da Comissão de Direito do Trânsito da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). "Se a lei é nova, seria preciso editar uma resolução nova, mesmo se tiver texto idêntico à anterior." Isso serviria, diz ele, para evitar questionamentos legais sobre a validade da regra.
Indícios. A resolução não diz que o motorista deve ter todos esses sinais. Basta a presença de alguns deles. A nova lei permite que o condutor nessa situação seja filmado para que o testemunho seja complementado com outras provas. A ideia é que, caso o motorista tenha algum dos indicativos, mas não tenha bebido, a melhor saída é soprar o bafômetro - o resultado negativo impediria a acusação de embriaguez.
O engenheiro Rafael Baltresca, que lidera um movimento para que haja tolerância zero de álcool no sangue de motoristas, diz acreditar que mesmo os vídeos e os testemunhos podem não ter serventia para a condenação de motoristas que matam em acidentes.
"No júri, o motorista pode convencer que os sinais não eram de bebedeira e ser inocentado." A mãe e a irmã de Baltresca foram atropeladas e mortas por um motorista embriagado em setembro de 2011.
 
BRUNO RIBEIRO

domingo, 6 de janeiro de 2013

GRAMSCI E A COMUNIZAÇÃO DO BRASIL

 
Anatoli Oliynik
 
A caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletariados de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mão Tse Tung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social, buscando, por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores da ideologia comunista.
Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios vêm sendo sistematicamente derrubados, sob o olhar complacente de todos os brasileiros, os quais nem mesmo se dão conta de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruídaOs velhos métodos para implantação do socialismo-comunismo foram definitivamente sepultados. Um novo paradigma está sendo adotado, cuja força avassaladora está sendo menosprezada, e o que é pior, nem percebida pelo povo brasileiro.
O Brasil está sendo transformado, pelas esquerdas, num laboratório político do pensamento de Gramsci.